Amelina, menina, quem foi que roubou o seu coração? Foi o moço bonito que veio do céu nas asas de um avião ou foi o olhar certeiro de um bom bandoleiro que botava banca no trem do sertão?” (Trecho da canção Amelina, Menina - Letra de Ildeu Braúna e música de Carlos Maia).
A dupla Maia y Boavista vai homenagear a escritora Amelina Chaves em show especial que acontecerá no dia 25 próximo, no Centro Cultural Hermes de Paula, às 21h. A inédita canção Amelina, Menina, de Maia e Ildeu Braúna, vai ser cantada em verso e prosa pela dupla e uma banda formada por Eduardinho (acordeon), Alexandre (percussão), Davi (guitarra e gaita) e Vandaick (teclado).
Os cantores Carlos Maia e Charles Boavista preparam
um super-show para a escritora Amelina Chaves.
Maia e Boavista são dois compositores norte-mineiros. Aparência física, indumentária, letra e música da gente da região. Esses dois rapazes, que gozam de prestígio entre os amantes da autêntica produção artística. São seresteiros, poetas, cantores deste Norte das Gerais, e aproveitam para contar nossos casos, alegrar nossas vidas... Já passaram pela porteira do paraíso.
Charles viveu muito a década de 1960, que foi uma das mais intensas fermentações ideológicas e sociais do Brasil. Participou do movimento estudantil, quase foi padre, agiu junto ao povo. É desse tempo essa sua violência social, mostrada em várias composições e na sua própria vida. Foi para São Paulo no início de 1970, criou o Grupo Raízes, que gravou três LPs que, nos anos 70 e 80, marcou presença na MPB, a partir de São Paulo.
Maia não chegou a sentir na pele o enfrentamento armado ao regime, nem o que se chamou “milagre brasileiro”. Viu, sim, o desencantamento popular, a abertura Geisel com aquela democracia relativa... Em Bocaiúva, sua terra, começou a desenvolver essa pesquisa que leva no coração, antes de viver em Belo Horizonte, onde se alistou profissionalmente – e definitivamente - à carreira.
A experiência de Maia está nos LP ‘Coração de artista e pé de manacá’ e os CDs ‘Vamos falar do folclore’, ‘Nos ventos da primavera’, ‘Raízes de Minas’ – uma homenagem a Simeão Ribeiro Pires e o mais recente, em parceria com Charles Boavista, ‘A balada de Antônio Dó’.
Maia e Boavista continuam assumindo, uma vez que estão em plena floração, as vertentes de nossa poesia: a regional universal. A inquietação social, já presente no trabalho de cada um, individualmente é mantida em várias composições. A vida é isso, o bem e o mal, e as intenções só Deus poderá julgar.
Portanto, essa é a verdadeira música que hoje as rádios tocam num desfile colorido pelos quatro cantos de nossa comunidade. Como é evidente: os aplausos positivos não escondem os resultados positivos. As manifestações de carinho e de amizade por onde a dupla apresenta seus shows são as mais gratificantes possíveis.
A dupla Maia y Boavista resgata hoje canções dos grupos Raízes e Agreste, passando por Sá e Guarabira, Banda de Pau e Corda e Novos Baianos, além de composições próprias do no CD, e também canções como: Cantar de Godofredo Guedes: Amo-te Muito de João Chaves; Brejo das Almas de Boavista; Desentoado de Boavista e Tino Gomes; A Lenda do Arco-Íris e Zumbi de Pedro Boi e Ildeu Braúna; Fazenda Solidão de Maia e Roldão Chaves, Rasante de Braúna e Sergio Damasceno e muito mais...
ANOTE AÍ
Show: Maia y Boavista - Uma homenagem s Amelina Chaves
Local: Centro Cultural Hermes de Paula
Data: 25/junho/2009
Hora: 21h
Ingresso simbólico: R$ 5,00