Ambulantes do Mercado Central protestam contra a prefeitura

Jornal O Norte
Publicado em 02/02/2007 às 10:57.Atualizado em 15/11/2021 às 07:57.

Samuel Nunes


Repórter


samuelnunes@onorte.net



A reportagem de O Norte esteve na manhã de ontem no mercado municipal, mais precisamente na área destinada aos vendedores ambulantes. Eles reclamam o fato de a prefeitura ter feito uma reunião e decidido pela retirada de 13 ambulantes que seriam levados para o 2º piso do mercado municipal em decorrência da construção do restaurante popular.






Local onde será construído o restaurante popular



(foto: Wilson Medeiros)



– Nós não concordamos com essa mudança, é bom deixar claro que não somos contra a construção do restaurante e, sim, contra a maneira como as coisas estão sendo conduzidas - diz Januária de Jesus, que trabalha há mais de cinco anos no mercado.



De acordo com Valdeci Ribeiro, que tem um ponto comercial, que está fechado, é fundamental que algum representante da atual administração organize uma reunião com os ambulantes no sentido de que se resolva o impasse. Ele ressalta que uma manifestação na câmara municipal pode acontecer na próxima terça-feira com o objetivo de chamar os vereadores à responsabilidade, para que eles possam intervir junto ao município.



A ambulante Maria de Jesus diz que o motivo pelo qual eles não concordam em ser levados para o 2º piso é que, no mesmo, o movimento de pessoas é inexistente, o que afetaria de imediato as vendas.



– Até mesmo quem já tinha loja nesse pavimento fechou as portas. Senhor prefeito, ou o senhor manda um representante para conversar com a gente ou o senhor mesmo resolva pessoalmente esse problema - desabafa.


 


IDENIZAÇÃO



Segundo Sileide Fiúza da Silva, a atual administração está cometendo uma injustiça com os ambulantes. Ela afirma que se porventura eles forem retirados pela prefeitura daquela área, a exigência é de indenização para todas as pessoas que ali trabalham. – Pagamos os nossos impostos e exigimos que a prefeitura escute a nossa proposta antes de tomar alguma decisão em definitivo - diz Maria Barbosa, que trabalha deste o ano de 1958 na venda de frutas de época, quando o mercado ainda funcionava na praça Doutor Carlos.



Ela afirma que com a provável retirada dos ambulantes, inúmeros pais de família não terão de onde tirar o sustento para a sobrevivência e que o resultado é o desemprego e muitas dificuldades em conseguir o básico para a família.

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