Setor de eventos de MOC clama por socorro; representantes farão passeata até a Prefeitura

Márcia Vieira
Hoje em Dia - Belo Horizonte
21/10/2020 às 23:35.
Atualizado em 27/10/2021 às 04:51
 ( Divulgação)

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Sem renda e sem perspectiva de trabalho, profissionais do setor de eventos em Montes Claros pedem socorro. Eles alegam ter sido esquecidos pela administração municipal, sendo ignorados em todos os decretos. Um documento com sugestão de protocolo de segurança para um retorno responsável já foi entregue ao procurador municipal, Otávio Rocha. Entretanto, não houve sequer uma sinalização da prefeitura para retomada dos eventos.

“Parece que pegaram para Cristo o setor de eventos. A gente só quer o direito de voltar a trabalhar. Vamos para oito meses parados e quase um ano sem faturamento. Algumas empresas já venderam seus materiais e outras estão à beira do colapso”, afirma o gestor de produção Rogério Rock Araújo Miranda.

Ele acrescenta que o prejuízo é incalculável. Com uma receita zerada, muitas pessoas estão desesperadas. “Todos os outros setores já voltaram. Precisamos trabalhar. Podemos voltar de maneira segura e até mais organizados do que outros setores. O de eventos é uma cadeia gigante, representa 4,4% do PIB nacional e puxa vários outras áreas”, diz Rock.

Para chamar a atenção do poder público, a Associação Mineira de Eventos e Entretenimento (Amee Norte) faz hoje, a partir das 15h, uma manifestação que irá reunir representantes do setor. Vestidos de preto, vão se concentrar na BR Mania e seguirão até a Prefeitura de Montes Claros. 

“Não é só festa. É trabalho, é economia, são vidas. Por isso, vamos fazer a nossa passeata pacificamente e todas as autoridades competentes já foram comunicadas”, destaca Luís Fernando Aguiar Nobre, diretor da Amee Norte. “O intuito não é atrapalhar a rotina da cidade, mas sim chamar a atenção do poder público e da sociedade para a importância do setor de eventos para a cultura, o entretenimento e a economia”, ressalta.

Para o representante da categoria, há uma discrepância na decisão do prefeito em relação à flexibilização. “Até o dia 24 de setembro, havia uma liminar que limitava o avanço. Na ocasião, este foi o argumento utilizado pelo procurador para não considerar a reabertura. A liminar foi cassada e as prefeituras voltaram a ter autonomia. O Estado depois disso já flexibilizou e a região está na onda verde. Então, não há justificativa para manter essa decisão”, destaca Luís Fernando.

Ele ressalta que o documento levado ao prefeito prevê o retorno dos pequenos eventos. “Nossa proposta é para o retorno dos pequenos e com todas as regras. É inadmissível essa proibição. Os salões de festas, por exemplo, estão deixando de utilizar a sua capacidade e muitos bares que não têm espaço estão realizando casamentos e aniversários com 200 pessoas. Existem profissionais, como montadores de som, iluminação, garçons, que só trabalham em eventos e vários outros que já foram ajudados com cestas básicas. Mas as empresas também não estão conseguindo mais ajudar, porque chegaram ao limite. Precisamos de um retorno urgente e de coerência do prefeito”.

O procurador do município, Otávio Rocha, não foi encontrado para falar sobre a situação.


 

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