Sem manutenção, escolas afligem pais

Temor é que alunos estejam expostos a perigos

Márcia Vieira
24/10/2019 às 06:40.
Atualizado em 05/09/2021 às 22:22
 (MANOEL FREITAS)

(MANOEL FREITAS)

Pais de alunos da Escola Municipal Simone Soares, no bairro Esplanada, em Montes Claros, estão preocupados com as condições precárias do prédio, que expõem alunos ao perigo. Há dois anos, reclamam que a caixa d’água estaria condenada, com rachaduras, e o piso está marcado por um vazamento constante.

“Depois de muitas reclamações, a prefeitura enviou pedreiros, que fizeram um ‘ajeito’, uma caixa improvisada. Construíram em cima do que já existia. Agora, está caindo muita água e até a tinta do lugar já saiu. Estamos com medo de que alguma tragédia aconteça”, disse H. S., mãe de um dos alunos da escola, que procurou a reportagem para denunciar a situação e pediu para não ser identificada. 

Vanessa R. também é mãe de aluna e falou sobre a sua aflição: “A caixa fica perto da escada e as crianças passam ali o tempo todo. Com tanta coisa que a gente está vendo, não dá para deixar de se preocupar. Tenho medo de a qualquer momento a caixa desabar sobre as crianças. Até agora, a escola não falou nada para nos tranquilizar”.

A Escola Simone Soares passou recentemente por outro tipo de situação que preocupou os pais. A fiação da escola foi roubada e os alunos frequentaram as aulas por uma semana sem que a escola tivesse energia elétrica. 

Mas o educandário não é o único em condições inadequadas. No bairro Planalto, a Escola Municipal Rozenda Zane Soares apresenta condições igualmente precárias. A fiação está exposta, o local escolhido para colocar o bebedouro foi a porta do banheiro e, em um canto do pátio, centenas de cadeiras estragadas estão empilhadas e com água acumulada.

Procurada pela reportagem, a diretora disse reconhecer que o prédio não está em condições adequadas, porque é um imóvel adaptado, mas se recusou a dar entrevista e pediu que procurássemos a Secretaria Municipal de Educação. Já a diretora da Escola Simone Soares não foi encontrada para falar sobre os problemas estruturais. 

ALAGAMENTO
Na última terça-feira, professores e demais funcionários da Escola Municipal Rotary São Luiz, no bairro Distrito Industrial, trocaram os livros por rodo e pano de chão depois que o corredor da instituição ficou completamente alagado com a chuva da madrugada.

Uma professora, que também pediu anonimato, informou que o telhado da escola está estragado e, sempre que chove, o corredor principal fica alagado. As aulas não foram suspensas.

A secretária Rejane Veloso não atendeu às ligações da reportagem. A vereadora Maria Helena Lopes (PPL) concedeu homenagem de Mérito Educacional à secretária, em solenidade na Câmara Municipal.

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