Norte tem 1ª charcutaria registrada no IMA

Agroindústria de Montes Claros cumpre normas sanitárias e planeja expandir a comercialização dos produtos para toda Minas e outros estados

Da Redação*
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05/08/2021 às 00:33.
Atualizado em 05/12/2021 às 05:36
 (Ugo Borges/Charcutaria Sagrada Família/Divulgação)

(Ugo Borges/Charcutaria Sagrada Família/Divulgação)

Salame, linguiça especial, presunto cru e defumados. Produtos tipicamente europeus e que conquistaram o gosto dos brasileiros ganham força no Norte de Minas e podem ser geradores de renda e de bons negócios. 

A Charcutaria Sagrada Família, em Montes Claros, reconhecida pelos consumidores locais pelos produtos de qualidade, é a primeira da região a conquistar o registro do governo de Minas.

A legalização é fundamental para ampliar mercados com garantia de segurança sanitária. Por ser um exemplo de pequeno negócio, charcutarias passam a ideia equivocada de que não precisam ser legalizadas, afirma o coordenador regional do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) em Montes Claros, médico veterinário Rômulo Lage.

“Essa charcutaria desmitifica essa ideia. Com a primeira registrada na região, acredito que outras seguirão o mesmo caminho”, incentiva o médico veterinário.

O reconhecimento foi feito pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) e pelo IMA.

A charcutaria é uma fabriqueta de embutidos com receitas tradicionais desenvolvidas por países europeus. O termo é francês, da junção das palavras chair (carne) com cuit (cozido).

“A expectativa é aumentar muito a demanda pelos nossos produtos, já que legalmente poderemos comercializar em grandes varejistas de todo o Estado. Com o registro, teremos mais abrangência comercial, gerando mais empregos e fortalecendo a economia local”, comemora o proprietário Ugo Borges.

Ele conta que, ao entrar em contato com a regional do IMA em Montes Claros, iniciou as adequações físicas e estruturais recomendadas. Após a inspeção sanitária, a charcutaria foi registrada.
 
ADAPTAÇÕES
“O ambiente foi adaptado para seguir a legislação vigente. Implantamos as câmaras frias, setorizamos os espaços e adotamos o fluxo de produção para evitar contaminação cruzada. Fizemos, ainda, a análise da água e a implementação de boas práticas de produção”, enumera Borges, avaliando o processo como positivo, dada a importância do estabelecimento se regularizar frente às exigências legais. “A produção ficou segura, rastreável e eficiente”, afirma.

A trajetória para a conquista do registro começa com as adequações das boas práticas agropecuárias, que consistem em um conjunto de ações eficazes de manipulação, armazenagem, transporte de insumos, matérias-primas, utensílios e equipamentos. 

É também necessário o projeto das instalações físicas das áreas de processamento e de circulação, além de treinamento de pessoal, manutenção preventiva e rastreabilidade dos produtos.

“A partir do primeiro contato da charcutaria, nossos fiscais compartilham a documentação e as normas sanitárias a serem seguidas. Depois, elaboramos a proposta do projeto de adaptações da agroindústria. Destaco o comércio isolado do local de produção, uma das medidas necessárias”, explica Rômulo Lage.

O proprietário do estabelecimento foi direcionado para formular os produtos de acordo com regulamentos técnicos, e contou com sistemas informatizados que aceleraram o processo de aprovação de produtos e rotulagem. 

*Com Agência Minas

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