Moradores do bairro Jardim Olímpico não têm saída segura e cobram rotatória

Márcia Vieira
O NORTE
11/03/2021 às 00:55.
Atualizado em 05/12/2021 às 04:22
 (Divulgação)

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Cerca de 300 famílias moradoras do bairro Jardim Olímpico buscam atenção da Prefeitura de Montes Claros para ter acesso à “cidade”. Em meio à pandemia, a locomoção ficou ainda mais difícil e perigosa sem uma saída adequada da localidade. Sem alternativa, os próprios moradores tomaram a iniciativa de abrir uma rota provisória no meio do canteiro para facilitar o deslocamento.

“Temos um bairro com três entradas e nenhuma saída. Quem vem pela BR pode entrar no bairro, depois, a 500 metros, mais um acesso, mais 500 metros e um terceiro. Porém, se quiserem sair do bairro têm que ir até o trevo, que fica distante e tem um fluxo intenso de carretas. Esse acesso clandestino que os moradores criaram é perigoso, mas bem menos perigoso do que ir até o trevo”, explica o professor Messias Leal.

“Nosso bairro é residencial. Temos apenas uma mercearia, que ajuda, mas para serviços essenciais ou emergenciais como farmácia, caixa eletrônico e outros, temos que andar cerca de dois quilômetros para chegar ao bairro Santo Antônio, que é o mais próximo. Os moradores usam a saída clandestina por ser mais rápida, mas não tem sinalização. É imprudente, mas necessário, porque corremos menos risco do que ir até o rodoanel”, reitera.
 
PROMESSA
De acordo com Messias, desde 2019 existe a promessa de construção de uma rotatória no bairro. Um ex-vereador chegou a ir até o local e dizer aos moradores que a solução estava próxima e que havia entendimento com o prefeito, mas até o momento nada foi colocado em prática. Sem resposta, moradores confeccionaram uma faixa e foram para o canteiro central para chamar a atenção das autoridades.

“Disseram que havia um projeto e que depende da aprovação do prefeito. Mas que a conversa só aconteceria depois da pandemia. É uma situação do conhecimento de todos e não podemos mais esperar. Existe uma necessidade e o risco de uma tragédia”, pontua Messias. 

Quem faz opção por andar a pé não está livre do risco. É o caso de V.L., que continua trabalhando todos os dias. “A pé é quase impossível. Para sair do bairro passamos pela MG-3038, em uma mata densa, não tem acostamento nem iluminação. O que está salvando é que as crianças não precisam ir à escola, porque esse deslocamento para elas é ainda mais complicado”. 

O secretário de Obras, Guilherme Guimarães, informou que a possibilidade de rotatória no local não existe, porém, confirmou que a demanda dos moradores é o acesso ao lado direito da pista e que há um projeto para formalizar a passagem aberta por eles. “Estamos em entendimento com a MCTrans para fazer a proposta de uma travessia segura. É uma via de trânsito rápido e precisa ou de uma faixa elevada ou redutor. Estamos estudando o que fazer”, disse Guilherme. No entanto, “não tem uma previsão, mas tão logo haja uma definição sobre o tipo de obra a prefeitura vai avaliar os custos para colocar em execução”.


 

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