Força-tarefa reduz ataques a bancos

Militares apontam que a ação integrada trouxe resultados positivos no combate às ações dos bandidos

Márcia Vieira
O Norte - Montes Claros
02/11/2018 às 06:26.
Atualizado em 28/10/2021 às 01:34
 (MANOEL FREITAS)

(MANOEL FREITAS)

A ação integrada de diversos setores da segurança pública foi fundamental para desestabilizar quadrilhas de ataques a bancos em Minas Gerais e, com isso, reduzir o número de ocorrências no Estado. A avaliação foi apresentada ontem em palestra realizada durante o último dia do 1º Congresso Norte-Mineiro de Segurança Pública: a segurança pública que queremos!, realizado pelas Faculdades Funorte.

De acordo com o capitão da PM, Daniel Lopes, do Batalhão de Operações Especializadas (Bope), desde o fim do ano passado foi montada uma força-tarefa para fazer frente às intervenções criminosas.

“As ações estavam cada vez mais violentas e mais ousadas. Por isso, houve a necessidade de uma formação estratégica diferente e a força-tarefa foi instaurada”, afirmou.

Segundo ele, há três fases bem claras de ação das forças de segurança nesses casos. A pré-incidental, que antecede o crime; a incidental, que é quando ocorre o crime; e a pós-incidental. “Procuramos trabalhar sempre na primeira fase e, com isso, reprimir as quadrilhas”, destaca.

Para conseguir agir antes que os bandos atacassem, o Bope percorreu mais de 43.460 km, de janeiro a setembro deste ano, em 68 missões pelo interior do Estado.

Neste mesmo período, foram treinados 5.947 alunos. O resultado é que foram presas 29 pessoas e 18 infratores foram mortos. Além disso, o grupo conseguiu apreender um forte arsenal: 16 fuzis de calibres diversos, dez espingardas calibre 12, duas metralhadoras 9mm, 17 pistolas, seis revólveres, mais de 2 mil cartuchos de calibres diversos e aproximadamente 50 quilos de explosivos.
 
NORTE
As ações também foram direcionadas no Norte de Minas. Segundo o capitão Welington Mourão Ferreira, foram observados horários, dias e meses em que as ações aconteciam na região. Ao serem identificadas a forma de atuação das quadrilhas, os ataques se tornaram mais violentos, intensificando também os confrontos com a polícia.

“Em 2014, cerca de 10% dos criminosos entraram em confronto com os militares. Em 2016, o número foi de 27% a 30%, com alternância de regiões, começando pelas cidades próximas a Montes Claros e chegando a regiões de fronteira com a Bahia”, cita.

Ele afirma que chamou atenção a recorrência em algumas cidades, como Espinosa, Indaiabira e até mesmo Montes Claros, onde houve a formação de um grupo que fez uma tentativa de explosão em Capitão Enéas.

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