Depois do caos, MOC tem reforço nos leitos para Covid

São mais 81 leitos clínicos, 30 de terapia intensiva e oito de suporte ventilatório

Márcia Vieira
O NORTE
06/03/2021 às 00:54.
Atualizado em 05/12/2021 às 04:20
 (André Mori/Divulgação)

(André Mori/Divulgação)

Depois de atravessar a semana com o caos instalado na cidade pela falta de leitos para atender pacientes com Covid-19, a Prefeitura de Montes Claros decidiu colocar para funcionar um hospital de campanha no Hospital Municipal Alpheu de Quadros e recorrer à rede privada para conseguir disponibilizar mais leitos à população.

A maior cidade do Norte de Minas, referência para 95 municípios da região, fechou a semana com ocupação de 94% dos leitos clínicos, 84% dos de UTI e 79% dos leitos privados/convênios.

O reforço é de 81 leitos clínicos, 30 de terapia intensiva e oito de suporte ventilatório. Os primeiros serão disponibilizados no Alpheu de Quadros (35), Hospital Universitário Clemente de Faria (12) e Prontosocor (34). Já os de mais alta complexidade serão abertos no Prontosocor, no Hospital Pró-Vida e no Hospital das Clínicas Dr. Mário Ribeiro da Silveira, que também vai disponibilizar os leitos de suporte ventilatório.
 
JÁ OCUPADOS
Na unidade municipal – que havia sido anunciada pelo prefeito como hospital de campanha no início da pandemia, o que até então não havia sido efetivado –, dos 35 leitos disponibilizados, 18 já foram ocupados até a noite de quinta-feira. 

No entanto, a estrutura é voltada para casos mais simples da Covid. “A finalidade é a desospitalização de pacientes que estavam internados nos hospitais e tiveram alguma melhora, estabilidade. Eles vão para o Alpheu para serem monitorados até receber alta. O objetivo é liberar leitos (mais equipados). O Hospital de campanha não tem UTI, não tem respiradores”, disse a secretária Municipal de Saúde, Dulce Pimenta, em entrevista para a TV regional.

A secretária ressalta, no entanto, que se a população não cooperar, o sistema de saúde pode entrar em colapso novamente. “Não tem estrutura que dê conta se a população não contribuir para que a gente possa diminuir os números de infecções”, afirmou Dulce Pimenta.

Nesta semana, o município editou decreto impondo um toque de recolher mais rigoroso em função da escalada dos números da doença. A circulação nas ruas está proibida das 20h30 às 5h. Bares e restaurantes não abrem aos sábados e domingos e está impedida a venda de bebida alcoólica.

“Estamos caminhando ainda em uma ascendência da doença. Cada dia aparecem novas pessoas com quadro positivo, muitos com quadro de gravidade. É importante a população não relaxar, é importante a participação da população neste momento”, destacou a secretária.

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