(Leo Queiroz)
Com a proximidade do Natal, comerciantes investem na criatividade e nas promoções para atrair a clientela e recuperar o prejuízo em virtude da pandemia, que provocou a retração em alguns segmentos, como de vestuário. Mesmo com o comércio já funcionando em horário diferenciado, a venda on-line ganhou fôlego e se firmou como uma das alternativas. Quem experimentou a modalidade não quer abandoná-la.
“Sinto que as pessoas estão com receio de sair de casa, por isso oferecemos o delivery e utilizamos as redes sociais para mostrar o produto e fomentar a venda on-line. A pandemia mudou a maneira de comercializar. A loja teve que se adequar”, diz Maria da Conceição Mendes, a Zezinha. Dona de uma loja multimarcas, está confiante em um cenário melhor para 2021, após pensar em encerrar as atividades.
“Ficamos três meses fechados e as despesas não pararam. Mesmo depois de reabrir tivemos que reduzir a jornada de trabalho e dividir as responsabilidades”.
O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Ernandes Ferreira, afirma que a instituição está esperançosa com relação ao Natal e quase que diariamente tem reiterado aos comerciantes a importância das medidas de segurança, para que o município não retroceda na flexibilização.
“A Black Friday foi bem aceita e algumas pessoas já anteciparam ali as compras de Natal. Com o horário do comércio ampliado, estamos vendo gente nas ruas com sacolas de compras. Os lojistas estão preparados para atender, mas têm utilizado aplicativos e canais digitais para a venda on-line”, diz.
Segundo ele, o ticket médio de compra será de R$ 100 a R$ 120, com um consumidor que prefere pagar à vista. “Tanto os lojistas quanto os consumidores estão animados”.
Embora as vendas on-line tenham ganhado força, há quem não abra mão do espaço físico. É o caso de Aurélio Rocha, empresário do ramo de jeans e malharia que antes mesmo da pandemia já estava fazendo a transição do negócio, medida que foi acelerada neste momento e transformou a empresa em atacarejo, ou seja, fabricação própria em larga escala para vender no varejo. Para ele, o WhatsApp não funciona para venda, mas é uma ferramenta indispensável no dia-a-dia.
“O status do WhatsApp é um recurso que eu utilizo bastante como vitrine. Criamos sorteios e promoções e a partir delas ampliamos a rede de contatos. As visualizações chegam a 1.600 por dia. O cliente conhece o nosso produto e vem até a loja”.
Outro diferencial do empresário é a vitrine, que não traz uma decoração alusiva à data comemorativa, mas surpreende devido à criatividade.
“Uma vez fechamos toda a vitrine com papel e colocamos apenas os preços. Atraímos bastante gente que buscava as promoções e alguns até pensavam que a loja estava fechando”, diz o empresário. Para o Natal, ele calcula um aumento de 20% nas vendas em relação a dezembro passado.
Jéssica Chaves, dona de loja no bairro Major Prates, confia no horário de funcionamento ampliado para aumentar as vendas. “Este ano está diferente por causa da pandemia. O comércio está parado, mas ainda acreditamos que até o fim de dezembro as vendas melhorem”, acredita.
Do início desta semana até o dia 14, o comércio funciona das 8h às 20h, de segunda a sexta. No sábado, dia 12, das 8h às 16h; no domingo, dia 13, não funciona. A partir do dia 14 até 24 de dezembro, o comércio abre das 8h às 22h. No sábado 19, o comércio ficará aberto de 8h as 16h e no domingo, dia 20, das 8h às 14h.