A Unidade de Triagem e Compostagem de Resíduos Sólidos (UTC) de Varzelândia, implantada e administrada pelo Consórcio Intermunicipal Multifinalitário para o Desenvolvimento Ambiental Sustentável do Norte de Minas (Codanorte), transforma vidros coletados em areia para a construção civil. A iniciativa é uma solução para o descarte de vidros sem valor comercial, como garrafas longneck, copos e jarras. Desse total, 40% são vendidos e 60% são moídos.
Segundo o coordenador da UTC, Pedro Coutinho, cerca de 200 kg de vidro são recolhidos mensalmente das cidades de Varzelândia, Ibiracatu e São João da Ponte. “O vidro ainda é um dos principais gargalos na gestão de resíduos dos municípios. E, para reaproveitar esse potencial do vidro, nós adquirimos uma máquina que processa o vidro, por meio da trituração. Assim, os litros que não têm mercado (como longneck, copos, jarras) são separados e triturados, onde o vidro volta a sua forma inicial, que é a areia, um dos materiais mais importantes de uma obra, podendo ser utilizado na produção de lajotas, pisos, meio fios e outros”, explicou o coordenador.
Até o momento, a unidade já produziu mais de 20 toneladas de areia de vidro, usadas nas obras de ampliação e reparo do espaço. A intenção, futuramente, é destinar esse material para outras construções públicas do município.
O presidente do Codanorte e prefeito de Joaquim Felício, Miguel Felipe, destacou a importância do projeto. “Estamos comprometidos em fortalecer as iniciativas de reaproveitamento do vidro em nossa região. Nos próximos meses, planejamos realizar campanhas de conscientização junto à população sobre a importância da reciclagem do vidro, além de incrementar a infraestrutura para a coleta seletiva. Uma das ações mais significativas é a instalação de uma máquina de triturar vidros, que permitirá que o vidro reciclado seja utilizado como matéria-prima na produção de bloquetes em fábricas da região. Estamos também buscando parcerias com empresas que possam utilizar o vidro reciclado em seus processos, promovendo uma economia circular e beneficiando diretamente os municípios consorciados”, explica o presidente.
“Também estamos avaliando a possibilidade de implementar projetos semelhantes em outras unidades do consórcio. A atuação conjunta é fundamental para amplificar os resultados e impactar positivamente a gestão de resíduos em toda a região. Além de buscar financiamento para novos projetos, também estamos em constante diálogo com os municípios para entender suas necessidades específicas e adaptar as intervenções de acordo com suas realidades”, acrescenta Miguel Felipe.
Para o coordenador de planejamento do Codanorte, João Ribeiro, esse projeto é mais uma das soluções apresentadas pelo Codanorte para os municípios poderem avançar na gestão ambiental. “Dispomos de uma equipe técnica que trabalha diariamente para que os gestores municipais tenham condições de superar desafios emergentes, como é o caso da destinação adequada dos resíduos sólidos. E ficamos satisfeitos com esses resultados que vêm sendo alcançados graças a esse esforço coletivo entre os municípios e a equipe do Consórcio”, celebrou.