Experiências turísticas

Turismo rural no Norte de Minas ganha destaque em 2025

Márcia Vieira*
marciavieirayellow@yahoo.com.br
Publicado em 20/02/2025 às 19:00.
Rancho Alma da Lua, em Botumirim, foi incluído no catálogo de experiências da Emater - MG (arquivo pessoal)
Rancho Alma da Lua, em Botumirim, foi incluído no catálogo de experiências da Emater - MG (arquivo pessoal)

Novas experiências turísticas do Norte de Minas foram incluídas na publicação Ruralidade Viva, lançada pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) em Belo Horizonte. O material apresenta 137 propriedades aptas a receber visitantes, oferecer roteiros turísticos e promover degustações de produtos típicos, como queijos artesanais, doces, cafés e cachaças. Entre os destaques da região estão o Parque Nacional Cavernas do Peruaçu (Januária), a Cachoeira do Curiango (Itacambira), a Vinícola Vale do Gongo (Grão Mogol) e, em Botumirim, o Recanto das Aves e o Rancho Alma da Lua.

O Rancho Alma da Lua começou a ser construído durante a pandemia e entrou em atividade assim que as coisas voltaram à normalidade. Distante somente 4 km da sede da cidade, o acesso ao Rancho é de 600 metros de estrada de terra, com boas condições de tráfego, conforme o proprietário Rafael Nassau, que comemorou a notícia. “Estamos felizes com essa inclusão no catálogo, porque apesar de estarmos próximos a Montes Claros, sendo uma cidade polo, temos um local pouco explorado, mas de muito potencial. Essa referência vai aumentar a demanda e nós estamos preparados para receber os turistas da melhor maneira possível”, disse. 

A pousada fica localizada na Cordilheira do Espinhaço e os hóspedes podem se aventurar fazendo tracking, visitando cachoeiras, praia, rios e quadra de areia. Luau e música ao vivo, fazem parte das atrações e no local há ainda playground para crianças. “É uma área bastante interessante, com três tipos de vegetação, sendo Caatinga, Mata Atlântica e Cerrado. Temos a reserva da Rolinha do Planalto, sendo uma das aves mais raras do mundo, apiário e plantio de pimenta, entre outros produtos. As pessoas vão se sentir muito à vontade em meio à natureza e com toda a estrutura”, destaca Rafael. 

Para Ítalo Mendes, secretário de Turismo de Grão Mogol, essa é uma agenda importante porque a formação da cultura do Estado de Minas Gerais está intrinsecamente ligada às ruralidades, às memórias afetivas e ao imaginário. “Quando a gente vai apresentar um destino turístico da Cordilheira do Espinhaço, a gente remete a história da ocupação da região, aos tropeiros, a produção agropastoril, então a gente resgata toda essa riqueza gastronômica”, pontua Ítalo, que considera brilhante o trabalho desenvolvido pela Emater em parceria com os municípios. “A gente quer fortalecer o turismo e como resultado, promover a inclusão dos agricultores familiares, gerar renda complementar no campo, principalmente dessa riqueza que conta a história da nossa região”, ressalta.

Segundo o secretário de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira, “Há uma vontade das pessoas de viajarem para destinos que as conectam com tradições e essa é uma tendência contemporânea e necessária atualmente”. 

ALTERNATIVA DE RENDA
Para o diretor-presidente da Emater-MG, Otávio Maia, o lançamento da segunda edição do catálogo Ruralidade Viva é sinal de grandes oportunidades no setor.

“Temos trabalhado o turismo rural como uma alternativa, uma fonte de renda complementar para os produtores atendidos pela Emater-MG. Então ficamos felizes de estar evoluindo nesse trabalho de estruturação do turismo rural e de ter a oportunidade de propiciar ao cidadão urbano a possibilidade de conhecer melhor o campo”, avalia.

O projeto Ruralidade Viva é realizado conjuntamente com as secretarias estaduais e municipais de Turismo, Cultura e Agricultura com o apoio das instâncias regionais, sendo os Circuitos Turísticos e agências de viagens.

Para o secretário de Estado de Agricultura de Minas Gerais, Thales Fernandes, o turismo rural é uma ótima oportunidade para o produtor. “O Ruralidade Viva é uma forma de potencializarmos o turismo na agricultura familiar, a gastronomia, o que nós temos de bom no campo, trazendo uma nova fonte de renda para o meio rural, principalmente para os produtores da agricultura familiar”, comentou na cerimônia.

*Com informações da Agência Minas

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