Desde a última sema na, depois que um forte temporal atingiu Salinas, a adutora da Copasa destruída pela força da água. Com isso, há uma semana o abastecimento e a distribuição de água potável estão paralisados em vários bairros. 

Nesta quinta-feira (2), muitos moradores se encontravam sem água potável em casa e local de trabalho. As regiões mais afetadas foram a zona norte – bairros Betel, Primavera e Cândido Village – e vários bairros periféricos, deixando a população desesperada e desamparada. 

Como é o caso de Milena Cruz, do bairro Cândido Village. Ela mora em um prédio de oito apartamentos e relata a situação vivida por ela e pelos vizinhos. 

“Não podemos usar o banheiro para nada. Nem arrumar a casa, lavar a louça e as roupas”, diz, angustiada. 

Ela conta que está tendo que recorrer a ajuda de terceiros. 
 
“É UM ABSURDO!”
“Estou tendo que ir à casa de amigos e parentes para tomar um banho”, diz, constrangida. 

“É um absurdo! Pagamos impostos e contas de água e temos que passar por esses perrengues sem comunicado da companhia dando satisfação da real situação”, desabafa.  

Milena conta que somente no sábado, a prefeitura e a Copasa anunciaram que os trabalhos estavam sendo realizados. 

“Mas não é verdade, porque nos grupos de WhatsApp, vários moradores de vários bairros ainda estão sem água, ainda hoje, nesta quinta-feira”, denuncia. 

Para o vereador do Partido Social Democrático (PSD), Adnaldo Martins Barbosa, o maior transtorno causado aos moradores é a falta de água em alguns bairros da cidade. “A adutora do bairro Alto São João se rompeu. Essa adutora liga outros bairros, por isso, esses bairros estão sendo prejudicados. Não pode continuar acontecendo toda vez que chover em Salinas. Toda vez a cidade fica destruída”, queixa. 

“Próximo ao Posto Jenipapo tem os restaurantes, e o pessoal está questionando que está faltando água desde quinta-feira”, denuncia o vereador. 

Adnaldo Martins acrescenta que “a Copasa não está dando conta de tratar a água” 

“Apareceu outro vazamento em uma passagem que faz tratamento. E com isso, o trem está virando uma bola de neve e o povo está sofrendo muito”.
 
DANOS 
O sargento Erico, do 9º Pelotão de Bombeiros de Salinas, informa que sete bairros foram atingidos com maior gravidade.  

“Alguns bairros tiveram pavimentação e calçamento arrancados pela força da água. A enxurrada acabou levando, e parte da terra causou a destruição de algumas tubulações da Copasa”, informa. 

O sargento informou que foi instalado, na cidade, o Sistema de Comando de Operações, com Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil, que coordenou vários órgãos para tentar solucionar o caos instalado no município.  

Era para ter sido normalizado sábado...

Elge Valeria, secretária municipal de Desenvolvimento Social de Políticas Públicas em Salinas, explica que, devido à grave situação na cidade, a prefeitura recebeu da Copasa um e-mail informando que no sábado a tarde que a companhia já estava regularizando a questão.  “Só que, alguns pontos, no sábado à noite a água chegou, mas no domingo foi suspenso novamente. A Copasa deixou claro para a prefeitura, em reunião, que isto foi devido à falta de água nos reservatórios das famílias, que ficaram todos vazios. Então, mesmo com a chegada da água, não deu conta de atender todas as casas”, explica.

“Por isso, quando percebemos que algumas famílias não tinham água, a situação já estava gritante, a Defesa Civil começou a atender com caminhões-pipas alguns bairros. E a assistência social preocupou com a água de beber em alguns locais”, informa. 

O Hospital e o mercado municipal, também foram atendidos através da Defesa Civil com caminhões- pipas. 

Elge, diz que a Copasa informou que desde a quinta-feira (2), a situação já se encontra regular e que o funcionamento, já voltou. 

“Porém, em alguns pontos, e são pouquíssimos pontos, sabemos que ainda está com problema de abastecimento de água”. Procurada pelo O NORTE, a Copasa preferiu não responder.

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