O projeto Agronorte, que em 2022 iniciou o segundo ciclo de ações como AgroNordeste II, é voltado para pequenos e médios produtores, contemplando 91 municípios do Norte de Minas e Vales do Jequitinhonha e do Mucuri. A expectativa é atender 1,5 mil propriedades que, ao final, terão recebido um total de 36 mil visitas técnicas. O investimento é de R$ 18 milhões para atender sete cadeias produtivas: apicultura, avicultura, bovinocultura de corte e de leite, cafeicultura, fruticultura e olericultura.
Nesta quarta-feira (19), foi realizado em Montes Claros o evento “AgroNordeste: resultados e perspectivas para o semiárido”, promovido pela Federação da Agricultura e Pecuário de Minas Gerais (Faemg) em parceria com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
No Centro de Eventos do Parque de Exposições João Alencar Athayde, estavam cerca de mil produtores rurais do Norte de Minas e do Vale do Jequitinhonha.
Durante o encontro, houve a assinatura do Financiamento Rural do Banco do Nordeste (BNB). Por fim, o Mapa entregou ainda títulos de Reforma Agrária do Projeto de Assentamento Posto Agropecuário do Município de São João da Lagoa.
Ainda no evento ocorreu a premiação aos produtores que se destacaram no Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) e no Programa AgroNordeste, desenvolvido pela Faemg em parceria com os sindicatos rurais regionais.
Os programas são destinados a pequenos e médios produtores das classes D e E. Foram eles: na apicultura a produtora Cleusa de Jesus Antunes, na avicultura, Reinaldo Alves, na ovinocultura de leite o produtor Lucas Alencar Lima, na cafeicultura foi João Vieira dos Santos, na fruticultura, Rosanio Cardosino de Sá, na olericultura a produtora Claudiana Francisca Silva de Oliveira, na piscicultura o produtor Antônio Fernandes de Oliveira. Os produtores que receberam estas premiações são de São João da Ponte, Cônego Marinho, Divisópolis, Patis, Verdelândia, Janaúba, Japonvar, Novo Cruzeiro, Jaíba, Matias Cardoso e Itaobim.
O destaque na cafeicultura, João Vieira dos Santos, explicou que antes de participar deste projeto a sua safra de café era menor e que depois do projeto, dobrou a produção.
“Trabalho com o café há mais de dez anos, só que agora a renda é outra. Tem dois anos e pouco que estou no projeto e nesse tempo valeu mais que os anos anteriores”, diz satisfeito.
Crimes rurais em queda
Para o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Marcos Montes, o projeto AgroNordeste é fundamental, principalmente, para os pequenos produtores.
“O produtor rural do nordeste e do norte de Minas, é um produtor abandonado, esquecido, sem condições, sem assistência técnica que vivia ali aos cantos sem dignidade alguma, sem perspectiva nenhuma e o AgroNordeste, começou a mostrar investimentos altíssimos aqui e fizemos aqui hoje uma amostra do que o AgroNordeste tem feito”, destacou.
O governador Romeu Zema destacou a ampliação e melhorar da produção do agronegócio após a recuperação das rodovias mineiras.
“São cerca de 2,5 mil quilômetros de asfalto novo que estão em execução e, até o final do segundo governo, serão mais de 10 mil km recuperados”.
Zema cita que já foram entregues cinco mil títulos de regularização fundiárias e que o governo tem como objetivo elevar esse número.
Dos cerca de cinco mil títulos mencionados pelo governador, aproximadamente 2,4 mil foram entregues no Norte de Minas, sendo oito em Montes Claros. Zema tranquilizou os produtores presentes no evento citando que a criminalidade rural caiu cerca de 42% em Minas.