‘Projeto Jequitaí’: ministros assinam contrato de concessão

Assinado em Montes Claros, projeto hidroagrícola prevê a construção de dois barramentos

Márcia Vieira
marciavieirayellow@yahoo.com.br
Publicado em 10/07/2024 às 19:00.
 (Tauan Alencar / MME)

(Tauan Alencar / MME)

Nesta última quarta-feira (10), em Montes Claros, os ministros Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional) e Alexandre Silveira (Minas e Energia), junto com Marcelo Moreira, diretor-presidente da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), assinaram o contrato de concessão do Projeto Hidroagrícola do Jequitaí. O leilão, realizado em São Paulo, foi vencido pelo Consórcio Jequitaí, que ofereceu R$ 35 milhões pela outorga do empreendimento.

O projeto prevê a construção de dois barramentos. Um para armazenar água e outro para possibilitar a distribuição para canais de irrigação, com regularização da vazão do Rio Jequitaí, moldado para controlar as cheias e evitar inundações em áreas agrícolas. 

A obra beneficiará 19 municípios da região e está prevista para ter início no primeiro trimestre de 2025, conforme assegurou Marcelo Moreira. “Serão 700 milhões de metros cúbicos de água armazenada numa região extremamente seca, como é o Norte de Minas. A primeira barragem deve ficar pronta em 24 meses, ou seja, em até 24 meses, nós estaremos iniciando a reservação de água desse novo lago artificial que vai existir no Norte de Minas”, disse Marcelo ressaltando que Montes Claros também se beneficiará da situação, já que existe a previsão de uma adutora do Jequitaí para a cidade. 

Outros números significativos foram citados pelo presidente do órgão, como 20 MW de geração de energia, perímetro de irrigação que começará com 20 mil hectares, sendo 10 mil irrigados e potencial de crescimento para quase 60 mil hectares. Produção de 350 toneladas anuais de alimentos e 100 mil empregos diretos e permanentes. “Arrisco a dizer que é a obra mais estruturante da região”, pontuou. 
 
RETORNO
O ministro Waldez Góes afirmou que esteve em Montes Claros em ocasião anterior e recebeu três importantes pedidos, um deles a construção da barragem. O retorno hoje significa o cumprimento de uma promessa. “Foi uma construção longa, levada à Bolsa de Valores. O contrato é de aproximadamente R$ 35 milhões, mas temos cerca de um bilhão de investimentos. Estamos falando de desenvolvimento local, regional, com diminuição de desigualdade”, disse Waldez, que citou o senador Rodrigo Pacheco e o Ministro Alexandre Silveira como grandes defensores do projeto. Para Silveira, que acompanhou todo o processo, “hoje já é o segundo passo, que é a assinatura do contrato. O primeiro foi o leilão. É o desenvolvimento que o Brasil tanto precisava e começa a acontecer de forma efetiva. Viemos aqui falar de água, de geração de emprego e de energia”, disse. 
 
COMBUSTÍVEL
Em coletiva, o ministro Alexandre Silveira foi questionado a respeito do novo aumento de combustível nesta semana e afirmou ser importante que a Petrobrás se equilibre, seja atrativa para os investidores e competitiva, tornando o Brasil autossuficiente no petróleo, no gás de cozinha e no diesel. “É importante que a gente equilibre. Os preços têm que ser compatíveis com o interesse nacional e com o investidor externo. Houve necessidade de uma readequação, mas estamos atentos”, articulou. 

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