Com um investimento de R$ 125 milhões e a intenção de criar 260 empregos diretos para o Norte do Estado, a Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), através do Centro de Inovação Tecnológica, divulgou planos para iniciar a produção de óleo vegetal e outros produtos derivados do coco macaúba a partir de setembro deste ano.

Conforme reiterado na última quarta-feira (24), pelo professor e reitor Wagner Santiago, a produção que beneficiará o Norte de Minas é uma parceria entre a instituição e a empresa dos Emirados Árabes, Acelen. “Essa iniciativa promete gerar empregos na região, com a criação de um laboratório inicialmente e, posteriormente, com a produção agrícola”, diz o reitor.

Após pesquisas realizadas pelo Departamento de Biologia Geral que comprovaram o potencial do coco macaúba e sua subsequente patenteação pelo professor Leonardo Monteiro, docente da universidade, a Unimontes optou por vender a tecnologia para a Acelen; que tem planos de instalar uma fábrica na região, visando a produção de mudas de coco macaúba e a extração de biocombustíveis.

Além dessa iniciativa, o reitor informa também que outras empresas já demonstraram interesse em seguir o mesmo caminho. “Uma empresa em Bocaiuva já está em negociações para estabelecer um laboratório no campus da Unimontes, buscando soluções para seus desafios por meio da pesquisa universitária.”

MEIO AMBIENTE
Maria das Dores Magalhães Veloso, pró-reitora de pesquisa da universidade, destaca o entusiasmo com o potencial dessa colaboração para avançar a ciência e ter um impacto positivo no meio ambiente. “A produção vai ser feita com uma planta nativa da região conhecida por suas propriedades ideais para a produção de biocombustíveis”, diz. 

“Além disso, proporcionará oportunidades de pesquisa e desenvolvimento de novos projetos e patentes. A Acelen, que já possui a Petrobras da Bahia em seu portfólio, demonstra sua visão empreendedora ao investir em tecnologias sustentáveis em Montes Claros”, destaca a pró-reitora.

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