
Três operações de fiscalizações realizadas na semana passada, por fiscais da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), atuaram de forma ostensiva no combate ao desmatamento e à cadeia de comércio ilegal de carvão em diversas regiões de Minas. As fiscalizações, denominadas “Operação Grande Sertão”, “Operação Macala” e “Operação Pterodon”, foram desencadeadas nos municípios de Januária, Itacarambi, Pedras de Maria da Cruz, São João das Missões, Itaúna, Nova Serrana, São Gonçalo do Pará, Pará de Minas, Itatiaiuçu e Pitangui e Coromandel, localizados nas regiões Norte, Central, Centro-Oeste e Triângulo.
Na fiscalização da cadeia de comércio de carvão vegetal foram vistoriadas empresas siderúrgicas, com foco no transporte e nos consumidores finais do subproduto florestal. “Nosso objetivo foi combater o comércio irregular de carvão, inclusive vindos de florestas nativas. Após a verificação de toda a documentação e procedimentos adotados em campo, daremos início aos procedimentos cabíveis”, disse a diretora Regional de Fiscalização do Alto São Francisco, Dalila Mendes Leonardo.
A ação contra o comércio ilegal de carvão fiscalizou 15 alvos e lavrou 26 autos de infração por irregularidades ligadas à cadeia do carvão vegetal e degradação ambiental, resultando em um total de 457,85 MDC de carvão apreendido (MDC = Metro de Carvão - Quantidade de Carvão necessária para preencher um recipiente de um metro cúbico - 1 M³). Ao todo, foram apreendidos três veículos e aplicados cerca de R$ 1,6 milhão em autuações.
NORTE DE MINAS
Na região Norte do Estado, onde predominam formações florestais características dos biomas Cerrado e Mata Seca, as fiscalizações da “Operação Grande Sertão” tiveram como alvo áreas de detecção de desmatamento via satélite. Foram priorizadas detecções recentes a fim de coibir o avanço do desmatamento nessas áreas. A operação foi realizada pela Semad em conjunto com a Polícia Militar de Meio Ambiente.
Durante a ação foram fiscalizados 27 alvos, em 790 hectares, e as medidas administrativas decorrentes ainda estão em andamento. Até o momento, foram aplicados R$ 3 milhões em multas ambientais e apreendidos 1.986 metros cúbicos de lenha de origem nativa. As atividades foram suspensas nos locais das infrações.
Participaram da fiscalização profissionais das Superintendências Regionais de Meio Ambiente (Suprams) do Alto São Francisco, Central Metropolitana e Noroeste, além da Unidade Regional de Gestão das Águas (Urga) Alto Paranaíba, do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam).