
A Polícia Federal (PF) iniciou nesta quinta-feira (9) a Operação Catarse, visando desarticular esquema criminoso especializado na falsificação de diplomas para o curso de medicina.
Na ação, cerca de 60 policiais federais estão orientados a cumprir 11 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 4ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, nas cidades do Rio de Janeiro, Belford Roxo (RJ), Teresópolis (RJ) e em Montes Claros.
Na capital fluminense, um dos endereços visados era em um condomínio em Campo Grande, na Zona Oeste e segundo as investigações, um estudante chegou a pagar R$ 100 mil pelo pacote.
A investigação, conduzida pela Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários, teve início após comunicação do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (CREME-RJ), dando conta da existência de requerimentos de registro profissional de médicos instruídos com documentos falsificados de graduação em medicina, notadamente diplomas e históricos escolares.
Em abril de 2022 – na primeira fase da investigação – duas pessoas já haviam sido presas em flagrante na sede do próprio conselho quando tentavam obter os registros.
Durante a apuração, foram colhidos elementos que permitiram chegar em pessoas físicas e jurídicas envolvidas, dentre elas duas clínicas médicas.
Os crimes investigados são os de falsificação de documento público (art. 297 do Código Penal) e uso de documento falso (art. 304 do Código Penal).
Até o fechamento desta edição, a reportagem de O NORTE não obteve nenhuma atualização sobre os mandados de busca e apreensão cumpridos em Montes Claros.