Benjamim Oliveira Jr


Correspondente

NOVA PORTEIRINHA  – O município de Manga, que faz parte do consórcio de prefeitos da microrregião da Serra Geral de Minas, também vive situação crítica na área de segurança pública. Na reunião sobre o índice de criminalidade, o prefeito de Manga, Humberto Sales, relata a penúria pela qual as polícias civil e militar passam e, conseqüentemente, isso reflete na comunidade.

Humberto Sales propôs a elaboração de documento a ser encaminhado ao secretário de estado de Defesa Social, Antônio Augusto Anastasia, em que solicita ações para equipar as unidades policiais e conter a violência.

- Um cidadão em motocicleta foi assassinado na estrada de Manga a Montalvânia (BR 135) e o temor permanece na população das duas cidades, diz.

De acordo com o prefeito, o município de Manga, que é comarca, está sem delegado de polícia há quatro meses. A polícia civil também não disponibiliza de veículo. A situação não difere do 5º Pelotão de polícia militar de Manga (pertence ao 30º Batalhão de polícia militar de Januária). O número de policiais é 25% da quantidade ideal. A prefeitura de Manga arca com o combustível e manutenção mecânica do veículo (já desgastado) da PM.

- Em recente evento popular na cidade foi preciso a prefeitura ceder veículos para as polícias atuarem - diz Humberto Sales.

Ele explica que a capacidade da cadeia de Manga é para 16 presos, no entanto, há 78 – a maioria do município de Jaíba, que faz parte da comarca de Manga. O prefeito cita ainda que foi elaborado um projeto para melhoria na área de segurança pública. O investimento custará pouco mais de R$ 100 mil, dos quais R$ 52 mil foram solicitados ao governo do estado há três meses e até hoje não liberados. A outra parte do investimento será por conta da prefeitura de Manga.

TROPA NA JAÍBA

O município de Matias Cardoso, situado na margem direita do Rio São Francisco e onde se concentra parte do projeto de irrigação do Jaíba, está em clima tenso diante do assassinato de um jovem, em praça pública, perante cerca de 40 pessoas. O relato é do prefeito de Matias Cardoso, João Cordoval, ao explicar que a vítima é parente de um funcionário público – no ano passado um servidor da prefeitura foi assassinado.

Diante do temor de vingança e raiva da população, já que o criminoso que tirou a vida de um funcionário público se encontra livre, o delegado regional Raimundo Nonato Gonçalves, da delegacia regional de polícia civil de Januária, designou uma equipe de policiais para dar tranqüilidade aos moradores de Matias Cardoso, principalmente no Projeto Jaíba.O crime ocorrido esta semana motiva vingança.