minas do norte

‘Kapnos’ desmantela quadrilha de contrabando

Organização criminosa agia nas regiões Norte e Sul de Minas; ação foi realizada pela PF de MOC

Larissa Durães
Publicado em 14/11/2023 às 20:26.
 (Divulgação)

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Na manhã da última terça-feira (14), a Polícia Federal (PF) de Montes Claros, Norte de Minas, deflagrou a Operação Kapnos (fumaça), cumprindo 12 mandados de busca e apreensão; envolvendo nove pessoas físicas e duas jurídicas, além de 11 mandados de sequestro de bens e valores. A ação desmantelou uma organização criminosa no norte e sul de Minas envolvida em crimes de associação criminosa e lavagem de dinheiro no contrabando de cigarros de origem paraguaia. Duas pessoas foram presas em flagrante, uma em Pratápolis, no Sul, por posse ilegal de arma de fogo, e outra em Varzelândia, no Norte, por contrabando de cigarros que mantinha em um depósito.

As investigações, iniciadas em dezembro de 2022, revelaram a atuação de dois fornecedores de cargas de cigarros contrabandeados, um residente em São Paulo (SP) e outro em Pratápolis (MG), além de outras nove pessoas em Varzelândia, Janaúba e Lontra, responsáveis pela distribuição na região Norte de Minas e sul da Bahia.

Segundo o delegado Gilvan Garcia de Paula, chefe da Delegacia da PF em MOC, a polícia chegou até a organização criminosa mediante informação recebida na delegacia federal. “Nós então começamos as análises e identificamos que realmente existia esse núcleo de distribuição de cigarros contrabandeados aqui no norte de Minas”. 

Dois fornecedores foram identificados pela PF, sendo um de São Paulo e outro da região de Divinópolis que forneciam os cigarros contrabandeados para um cidadão que reside em Varzelândia. “E essa pessoa fazia a distribuição, vendendo para outras pessoas que vendiam para o norte de Minas e sul da Bahia”, explicou o delgado. 

Já a ação da PF para chegar aos autores foi por quebra de sigilo bancário e telemático. “Assim identificamos que foram movimentados em dois anos, quatro milhões de reais nas contas de laranjas e os cigarros eram distribuídos nessas duas regiões citadas. Assim foi identificado essa associação criminosa. A partir daí apresentamos as medidas judiciais que são busca e apreensão, e sequestro de bens”. 

No inquérito aberto pela PF, estão sendo apurados associação criminosa e lavagem de dinheiro, “às duas penas dão em torno de 13 anos de prisão para cada envolvido”, informa o delegado. 

Ainda conforme o delegado, foram apreendidas três armas de fogo em Pratápolis e cerca de R$ 30 mil e cheques que ainda não foram contabilizados em Varzelândia. “Com o outro investigado, sempre em Varzelândia, foi encontrado uma vasta quantidade de cigarros em torno de 500 caixas de origem estrangeiras”, informou. 

Os envolvidos já possuíam histórico na polícia. “Algumas, dessas pessoas que foram alvo da investigação já tinham sido presas por contrabando de cigarros também”, disse o chefe da PF. O cigarro apreendido será encaminhado para a Receita Federal, em Montes Claros, para fazerem o procedimento fiscal como incineração. 

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