Embora o frio já tenha chegado a algumas partes do Brasil, o inverno começou oficialmente no Hemisfério Sul na última quinta-feira (20), às 17h50, no horário de Brasília. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a estação mais fria do ano terminará no dia 22 de setembro, às 9h44. Apesar do alerta de baixa umidade (perigo potencial), o instituto não descarta a possibilidade de chuvas leves e isoladas no norte do Espírito Santo e no nordeste de Minas Gerais.

A transição do outono para o inverno é marcada pelo solstício, um fenômeno no qual a Terra atinge seu ponto mais afastado do Sol. Segundo o astrônomo e diretor do Observatório do Valongo, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Thiago Gonçalves, o solstício ocorre duas vezes ao ano — uma em junho e outra em dezembro — e, devido à inclinação do eixo da Terra, um hemisfério do globo fica mais exposto à luz solar quando começa o verão, enquanto o outro fica menos, onde passa a ser inverno.

“Após seis meses, a gente pode imaginar que a Terra está do outro lado do Sol e, com essa inclinação, é o outro lado que estará virado para o Sol”, explica. Em junho, o Hemisfério Sul é quem recebe menos incidência solar e, por isso, neste dia ocorre a noite mais longa do ano.
 
TEMPERATURAS
Conforme análises do Inmet, vinculado ao Ministério da Agricultura e Pecuária, as temperaturas em Montes Claros, nesta sexta-feira (21), oscilarão entre 13°C e 28°C, com poucas nuvens. Para este sábado (22), as temperaturas ficarão entre 13°C e 27°C e no domingo (23), 16°C e 30°C.

Ainda conforme o órgão, climatologicamente, a estação é marcada pelo período menos chuvoso das regiões Sudeste, Centro-Oeste e parte das regiões Norte e Nordeste do Brasil, enquanto os maiores volumes de precipitação (chuva) ficam concentrados sobre o noroeste da Região Norte, leste da Região Nordeste e parte da Região Sul do Brasil.
 
SAÚDE
Com a chegada do inverno, o Ministério da Saúde emitiu uma nota destacando a importância da vacinação. Nesse período de temperaturas mais baixas, doenças respiratórias como a gripe e a COVID-19 tendem a se intensificar, tornando a imunização ainda mais crucial.

No caso da Influenza, ainda em maio deste ano, o Ministério da Saúde recomendou a proteção de todas as pessoas com mais de seis meses. A pasta já havia antecipado a campanha em razão do aumento da circulação de vírus respiratórios no país. Também ajustou a estratégia da campanha para a região Norte e já imunizou a população entre novembro e dezembro de 2023, atendendo às particularidades climáticas da região. 

Ainda conforme a nota, o ministério reforça a necessidade de que todas as pessoas se imunizem. Especialmente, as consideradas do público-alvo para a vacina. Entre elas estão: crianças de seis meses a menores de seis anos; gestantes; puérperas; idosos com 60 anos ou mais; e pessoas em situação de rua. Crianças que vão receber o imunizante pela primeira vez deverão tomar duas doses, com um intervalo de 30 dias.

*Com informações da Agência Brasil