A Polícia Federal e a Receita Federal deflagraram nesta terça-feira (6), a “Operação Ponto Final” contra o Grupo Empresarial Saritur, do ramo de transporte urbano de passageiros, intermunicipal e interestadual, bem como o transporte de cargas e encomendas em Minas Gerais. A organização empresarial é suspeita de fraudar a Previdência Social e causar um prejuízo aos cofres públicos de mais de R$ 735 milhões.
Foram cumpridos 22 mandados de busca e apreensão em Belo Horizonte, Brumadinho, Montes Claros, Nova Lima e Sabará.
De acordo com as investigações, há cerca de oito anos os sócios do grupo econômico investigado constituíram e vem constituindo empresas com a finalidade de explorar prestação de serviços públicos de transporte coletivo na região metropolitana de BH.
“Para poder participar dos processos licitatórios o grupo interpõe outras empresas com CNPJ sem dívida fiscal e assim ganham o certame e utilizam as empresas que permanecem com débitos fiscais para prestar o serviço público de transporte coletivo”, explicou o delegado da Polícia Federal, Marcílio Miranda Zocrato em coletiva de imprensa nesta terça-feira.
Ninguém foi preso até o momento e as empresas seguem abertas.
Em nota enviada pelo escritório Grimaldi & Rodrigues Advogados, o grupo econômico disse que os impostos e contribuições devidos “sempre foram fielmente declarados à Receita Federal”, que houve uma suspensão dos pagamentos devido à crise no setor, mas que “já foi apurada, declarada e transacionada com a Receita Federal, e que os pagamentos estão rigorosamente em dia”.
*Com informações da repórter Raquel Gontijo do Hoje em Dia.