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MINAS DO NORTE

Estiagem causa perda bilionária e preocupa AMAMS

Dados apontam impactos de cerca de R$ 1 bilhão 823 milhões e 700 mil no ano de 2023.

Da Redação
Publicado em 20/07/2023 às 19:00.

A situação de estiagem e seca que atinge o Norte de Minas tem gerado preocupação para líderes da classe agropecuária da região. Os prefeitos filiados à Associação dos Municípios da Área Mineira da Sudene (AMAMS) acompanham a situação, visto que impacta diretamente a economia rural dos 89 municípios abrangidos pela associação.

Conforme os dados divulgados pela EMATER-MG e copilados pela AMAMS, o impacto financeiro estimado apenas na economia rural da região chega a aproximadamente R$ 1 bilhão 823 milhões e 700 mil no ano de 2023. Esse montante representa uma perda significativa para os produtores rurais e agricultura familiar, afetando não só a produção, mas também o sustento das famílias e o desenvolvimento econômico da região como um todo.

Segundo o secretário executivo da Amams, Ronaldo Dias, a preocupante situação do campo aponta a necessidade de os bancos oficiais renegociarem as dívidas com os produtores rurais. “Neste momento difícil enfrentado pelos prefeitos com a estiagem prolongada a Amams vem buscando junto aos Governos Estadual e Federal soluções para amenizar os impactos dessa seca. No dia 23 de agosto, a Amams promoverá uma roda de negócios com o Banco do Nordeste e Banco do Brasil para discutir essa renegociação das dívidas dos produtores rurais. A entidade também propôs ao Ministério da Integração Nacional, Codevasf e ao Ministério Público de Minas Gerais ações para construir barraginhas no Norte de Minas”, disse o secretário.

O presidente da Amams e prefeito de Padre Carvalho, José Nilson Bispo de Sá, (Nilsinho), considera o projeto elaborado pela associação que visa construir um milhão de barraginhas na região para minimizar os impactos da seca. “Este projeto já foi apresentado ao Governo Federal e em um prazo de dez anos será possível concluí-lo com a construção de 100 mil barraginhas por ano”, disse Nilsinho.
 
PERDAS
Os dados da safra agrícola dos 89 municípios da região foram observados tanto perdas de algumas lavouras no início da safra como redução da produção final das culturas plantadas em regime de sequeiro, em especial milho, feijão, sorgo, soja, com área estimada em 149.700 hectares. A redução da produção foi estimada em aproximadamente 52,20%. Culturas anuais como cana-de-açúcar e mandioca que somam aproximadamente 35.000 hectares também deverão sofrer impacto na produção em virtude da seca. No Norte de Minas existem aproximadamente 3,7 milhões de hectares entre pasto nativos e formados e um rebanho bovino de aproximadamente 2,7 milhões de animais.

Ainda de acordo com informações repassadas pelo AMAMS, quanto as perdas pecuárias que envolvem redução de produção de carne bovina, leite e derivados, segundo os levantamentos apurados e depoimento dos produtores, os prejuízos são estimados em aproximadamente R$ 770,5 milhões. Somado a isso observa-se elevada degradação das pastagens com acentuada redução da capacidade de suporte com perda de receita estimada em R$ 692,2 milhões. 

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