O empresário de Janaúba, Marcílio Franco do Amaral, a esposa Raquel e o filho Antônio, todos faleceram no acidente em Itapeva (Redes sociais)
No último domingo (28), a queda de uma aeronave na zona rural da cidade de Itapeva, no sul de Minas Gerais, resultou na morte dos empresários Marcílio Franco da Silveira, de 42 anos, natural de Janaúba, no Norte de Minas, e André Rodrigues do Amaral, de 40 anos. Ambos eram sócios em uma empresa do ramo financeiro com sede em Belo Horizonte e unidades distribuídas em todo o estado. Juntamente com eles, também faleceram suas esposas, Raquel e Fernanda, respectivamente, bem como Antônio, de dois anos, filho de Marcílio, além do piloto e do copiloto. Os empresários estavam retornando de Campinas (SP), onde haviam participado de uma homenagem na sexta-feira (26) às principais promotoras de crédito do país.
Em contato com o advogado da família de Marcílio, Jonathan Diniz, que está acompanhando o caso, ele revelou que inicialmente foi divulgada pela imprensa a informação de que a aeronave servia como táxi aéreo; no entanto, isso não corresponde à verdade.
“O avião não fazia esse serviço. Era de propriedade particular da empresa do Marcílio e do André e transportava os proprietários. Estava em dia, tinha acabado de voltar da revisão semana passada e todos os documentos legalizados”, afirmou o advogado.
Os corpos que estavam no Instituto Médico Legal (IML) de Pouso Alegre, no sul de Minas, cidade mais próxima de onde ocorreu o acidente, foram liberados no início da tarde desta segunda-feira (29). André Amaral e a esposa Fernanda serão sepultados em Carmópolis de Minas, terra da família dele. Marcílio, Raquel e o filho Antônio serão sepultados em Belo Horizonte, conforme a informação de um familiar, em local ainda não definido.
INVESTIGAÇÕES
A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) confirmou que a aeronave estava em situação regular. A investigação em relação à causa do acidente é conduzida pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), órgão da Força Aérea Brasileira (FAB), com o objetivo de evitar que ocorram novos acidentes semelhantes. Para a investigação, foram enviados ao local técnicos do Terceiro Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA III), do Rio de Janeiro (RJ).
Conforme nota da FAB enviada ao jornal Hoje em Dia, de Belo Horizonte, a equipe credenciada realizará a coleta e confirmação de dados, a preservação dos elementos da investigação, a verificação inicial de danos causados à aeronave, ou pela aeronave, e o levantamento de outras informações necessárias ao processo de investigação. Ainda de acordo com a FAB, “a conclusão das investigações terá o menor prazo possível, dependendo sempre da complexidade de cada ocorrência e, ainda, da necessidade de descobrir os possíveis fatores contribuintes”.