
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) finalizou o inquérito sobre a morte de um homem de 29 anos, cujo corpo foi descoberto em um poço na comunidade de Lagoa Seca, em Taiobeiras, no Norte do estado. A investigação resultou no indiciamento de dois homens de 33 anos por homicídio qualificado, devido a motivo fútil, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima, além de ocultação de cadáver.
Um terceiro indivíduo foi acusado somente de ocultação de cadáver, por supostamente ter auxiliado no esconderijo do corpo. O caso agora segue para o Poder Judiciário para as devidas ações legais.
INVESTIGAÇÕES
A vítima foi encontrada já sem vida, no dia 1º de novembro de 2024, após a ex-companheira registrar o seu desaparecimento à PCMG. Com a denúncia, os policiais iniciaram levantamentos e trabalho de inteligência, por meio dos quais foi possível constatar que o homem havia sido assassinado e o corpo dele ocultado em um poço.
No dia dos fatos, a vítima, que havia se mudado recentemente para a região, teria saído de casa a fim de comprar um lanche para os filhos, quando foi abordada pelo principal suspeito, conhecido na comunidade por seu comportamento violento.
O investigado passou a encarar a vítima e a questioná-la sobre sua presença no local, ordenando que fosse embora, o que deu início a uma discussão. Ainda que tenha tentado evitar o conflito e fugir, o homem foi alcançado e espancado até a morte. Em seguida, os suspeitos teriam jogado a vítima em um poço.
Os trabalhos para a remoção do corpo duraram três dias, devido à complexidade do resgate. Além da água, a vítima havia sido propositalmente coberta com entulhos, pedaços de madeira e lixo, dificultando sua localização e retirada.
Por meio de exame, a perícia constatou que a vítima sofreu múltiplas fraturas, politraumatismo e agressões severas na cabeça e nas costelas, evidenciando a violência do crime.
ENCAMINHAMENTO
“O principal suspeito, responsável direto pelo homicídio, foi preso temporariamente em 5 de janeiro deste ano. Posteriormente, sua prisão foi convertida em preventiva, permanecendo detido até o momento”, contou a delegada que coordenou as investigações, Mayra Coutinho.
A policial destacou ainda que o segundo investigado, apontado como coautor do homicídio, teve sua prisão preventiva decretada em 30 de dezembro de 2024 e também está detido. Já o terceiro suspeito, indiciado pelo crime de ocultação de cadáver, não foi preso.