Com a chegada de junho, uma das tradições mais aguardadas ressurge: as quadrilhas. Neste sábado (3), nos bairros Tancredo Neves e Maria Beija Flor próximo à escola Américo Caldeira, Bocaiuva realiza o 1º Encontro Regional de Quadrilhas do Norte de Minas. Conforme a organização, expectativa de público é, em média, de 1.500 a 2 mil pessoas. Evento será gratuito e aberto a toda população e visitantes.
“Queremos resgatar essa cultura que está morrendo. Mesmo que em Bocaiuva ainda seja sentida, devemos promover e fomentar essa tradição tanto de quadrilhas profissionais quanto as que são desenvolvidas nas escolas municipais e estaduais, pois, é algo muito importante e bonito de se vê e que deve ser conservada para gerações futuras”, comenta secretário de Cultura e Turismo da cidade, Léo Batera.
Ao todo, seis grupos se apresentarão, entre os de Bocaiuva, estarão também como convidados, dois de Montes Claros e um de Francisco Drummond. Após a apresentação das quadrilhas, o evento contará com shows de artistas locais.
ARRAIÁ DO PEQUIZÁ
Um dos convidados do 1º Encontro Regional de Quadrilhas do Norte de Minas será o Arraiá do Pequizá de MOC. Helloine Francielle, a ‘noiva’ do grupo, conta que o Arraiá surgiu por meio de uma brincadeira em 2002. Se antes eram um grupo pequeno, hoje, eles contam com 60 participantes. De lá para cá, o grupo se profissionalizou e começou a participar de vários eventos. Foi quando surgiu uma oportunidade de participar do festival em Belo Horizonte; conquistando o 2º da competição. “De lá pra cá, já ganhamos cinco vezes o concurso, em 1º lugar. O ano passado, depois de ensaiar 18 dias, voltamos a ficar em 2º”, diz Helloine. Hoje, o Arraiá do Pequizá, é o grupo de quadrilha que mais tem títulos vencedores no Arraial Estadual da capital mineira.
Sobre o evento de Bocaiuva, Helloine diz que a ideia do evento também é reforçar e unir os grupos juninos. Para 2023, o grupo trará o tema “Fome de quê”. “Sempre houve desigualdade no Brasil, de uns anos para cá houve um aumento da fome. Então, de início, quisemos trazer a fome de comida como destaque, mas entendemos que é necessário abordar as outras fomes como do saber, da cultura, da consciência, da igualdade entre tantas outras”, completa Helloine.