(Lucas Prates – 23/01/2017)
Modelo de segurança já adotado em Belo Horizonte, as bases comunitárias da Polícia Militar serão implantadas na região metropolitana e no interior de Minas a partir da semana que vem.
Além de 120 veículos do tipo, a PM testa, no Sul do Estado, viatura blindada para combater explosões a caixas eletrônicos.
O direcionamento das bases móveis será realizado de acordo com o porte da cidade, concentração de pessoas e fluxo de automóveis.
“Serão 106 unidades distribuídas nesses municípios. As demais são de reserva para eventuais manutenções”, explicou o coronel Helbert Figueiró, comandante-geral da Polícia Militar de Minas Gerais.
Já para atuar na repressão de crimes contra instituições financeiras, com o envolvimento de explosivos, carros de grande porte com carroceria blindada serão posicionados em pontos estratégicos.
“O veículo está em teste desde a semana passada na região de Poços de Caldas (Sul) e vai percorrer algumas áreas, em um teste de adaptação da tecnologia”, detalhou Figueiró.
Os automóveis atuarão em localidades com maior número de casos de explosão a caixas eletrônicos. Conforme a corporação, eles estarão nas ruas diariamente. Cada carro tem custo aproximado de R$ 340 mil.
Segundo o governador Fernando Pimentel, a Polícia Militar está autorizada a adquirir 20 viaturas do tipo para o trabalho de prevenção, combate e cerco a essas ocorrências. O projeto deve girar em torno de R$ 7 milhões.
CRIMES
O reforço foi anunciado nesta semana após reunião de Pimentel com o Comitê de Segurança Pública. No encontro, foram analisados dados de crimes ocorridos de janeiro a agosto deste ano, comparados a igual período de 2017.
De acordo com o levantamento, dez dos 12 delitos monitorados registraram queda. “Diminuíram, inclusive, os crimes violentos, como homicídio e roubo. Explosões a caixas eletrônicos caíram cerca de 50% em relação a 2017”, afirmou o secretário de Estado de Segurança Pública, Sérgio Barboza Menezes. Para ele, o recuo é atribuído à integração entre as forças de segurança, repressão qualificada e proteção social.