minas do norte

Aumento de pedágio causa insatisfação

A partir do dia 1º de abril, novas taxas começam a valer na BR-135, entre MOC e Curvelo

Larissa Durães
Publicado em 24/03/2023 às 21:33.
Consumidor pagará no final, alerta caminhoneiro (Larissa Durães)
Consumidor pagará no final, alerta caminhoneiro (Larissa Durães)

As tarifas de pedágio no Norte de Minas passarão por reajustes nos próximos dias. Recentemente, a concessionária Eco-135, responsável pela administração de seis praças de pedágio, anunciou a mudança de valores das taxas a partir de 1º de abril de 2023. Com isso, os valores serão corrigidos nas cinco praças de pedágio da BR-135, entre Montes Claros e Curvelo, e na praça da LMG-754, próxima a Cordisburgo. O percentual de reajuste é baseado na evolução do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado entre março de 2022 e fevereiro deste ano. 

O reajuste deixou muitos norte-mineiros insatisfeitos. Como é o caso do empresário, Antônio Paculdino, que precisa utilizar as vias semanalmente, devido a sua frota de caminhões. “Quando foi criado esse pedágio, a conversa era de que a estrada seria melhorada. Mas o que vejo é que está ficando abusivo”, diz contrariado o empresário. Para ele, quando os deputados aprovaram não atinaram sobre o valor. “Não atinaram, porque não usam a estrada, passam de avião, e nós pagamos a gasolina para eles. Então, não sabem o que é a estrada” explica. 

A Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra) informa que a “Nova BR-135” contará, ao todo, com 133 km de vias duplicadas, edificação de 13 novas passarelas, conservação de 41 pontes e viadutos, construção de vias de ligação e sete trevos em desnível (viadutos) ao longo da malha viária. Além disso, para ampliar a capacidade de tráfego do trecho concedido, a concessionária construirá o contorno de Cordisburgo, implantará 55 km de faixas adicionais, mais de 80 km de acostamentos na LMG-754, entre Curvelo e Cordisburgo, vias marginais, retornos, paradas de ônibus e melhorias em acessos aos municípios. Com investimentos previstos da ordem de R$ 3,6 bilhões, o contrato tem duração de 30 anos. “E pode realmente durar os 30 anos, porque tem trechos que são tão mal feitos, que parece que fazem de propósito para justificar a gastança”, completa o empresário
 
DESCONTENTAMENTO
“Eu pego uns sete a oito pedágios, saindo de Belo Horizonte para chegar a Montes Claros. Com esse aumento, quem vai pagar as contas no final vai ser o consumidor, porque a empresa não vai tomar prejuízo, vai ter que tirar de algum lugar”, questiona o caminhoneiro, William Figueiredo. Ele explica que, somente neste trecho, passam 12 caminhões da empresa em que trabalha. “Imagina 12 caminhões nosso por dia, vezes oito pedágios, mais o aumento. Veja a diferença que dá é enorme. Sem contar que para alteração do pedágio a rodovia tem que estar impecável, mas só aumentar e ficar como está, complica ainda mais e pesa ainda mais no bolso”, comenta. 
 
VALORES
Em comunicado, a Eco-135 informa que a correção segue as diretrizes do Contrato de Concessão SETOP 004/18, firmado entre a concessionária com o Estado de Minas Gerais, e foi autorizada Seinfra por meio do ofício SEINFRA/DGCON nº 95/2023.

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