Norte terá verão de pouca chuva e muito calor

Estação que começou nesta terça deve registrar temperaturas de 4 a 5 graus acima do normal para a época na região; chuva será até 40% abaixo da média

Redação
O NORTE
22/12/2021 às 00:46.
Atualizado em 29/12/2021 às 00:35
 (LEO QUEIROZ)

(LEO QUEIROZ)

A estação mais quente e chuvosa do ano começou nesta terça-feira, às 12h59, e promete altas temperaturas e pouca água no Norte de Minas. 

Segundo o meteorologista Ruibran dos Reis, do Climatempo, o período será de muito calor na região, com temperaturas de 4 a 5 graus acima do normal para essa época do ano.

“Estaremos sob influência do fenômeno La Niña, que se caracteriza pelo esfriamento da temperatura da água do mar na costa do Peru e do Equador e tem grande influência no Brasil”, explica Ruibran.

O La Niña, segundo o meteorologista, não traz muitas chuvas para o Sul do Brasil e as frentes frias passam mais pelo litoral da região Sudeste. “Com isso, a massa de ar quente é que deve predominar”, ressalta.

Essa massa vai atuar principalmente nas regiões Norte, Nordeste e Leste de Minas Gerais, que terão nos meses de janeiro a março temperaturas elevadas. No Norte de Minas, destaca Ruibran, os termômetros deverão ficar entre 39 e 40 graus em alguns dias.

“Será uma estação de muito calor e poucas chuvas. Deve chover entre 30% e 40% em relação à média histórica para o período”, adianta Ruibran.
 
CARACTERÍSTICAS
DA ESTAÇÃO

O verão é marcado pela elevação da temperatura em todo o país. Em função da posição do Sol mais ao sul, a estação tem dias mais longos que as noites, além de mudanças rápidas nas condições de tempo, como chuva forte, queda de granizo, vento com intensidade (moderada a forte) e descargas elétricas.

A estação termina no dia 20 de março de 2022, às 12h33, dando lugar ao outono. De acordo com o prognóstico climático divulgado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), as chuvas no verão serão acima da média na maior parte do país, com exceção do extremo sul do Rio Grande do Sul, nordeste de Roraima e leste do Nordeste.

Segundo o boletim, nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, as chuvas serão ocasionadas principalmente pela atuação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), enquanto no norte das regiões Nordeste e Norte, a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) é a responsável pela ocorrência de chuvas.

Em média, os maiores volumes de precipitação podem ser observados sobre as regiões Norte e Centro-Oeste, com totais na faixa entre 700 e 1.100 milímetros.

De acordo com o prognóstico, há uma probabilidade superior a 60% de que se mantenha o fenômeno La Niña durante o verão, podendo atingir a intensidade de moderado entre este mês de dezembro e janeiro de 2022.

*Com Márcia Vieira

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