Norte tem 81 cidades sem mortes por Covid há uma semana

Em sete dias, apenas cinco cidades registraram óbitos: situação é consequência da vacinação

Da Redação*
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13/08/2021 às 00:21.
Atualizado em 05/12/2021 às 05:40
 (leo queiroz)

(leo queiroz)

O avanço da vacinação em todo o Estado freou a mortalidade por complicações da Covid-19. Dos 853 municípios mineiros, 277 não registraram mortes por mais de um mês. Quando o recorte é menor, de apenas uma semana, os números são ainda melhores: 639 municípios sem óbitos – 75% do Estado.

No Norte de Minas o efeito também é visível. De acordo com o último boletim epidemiológico da Superintendência Regional de Saúde, divulgado na semana passada, a macrorregião registrou nove óbitos em sete dias: quatro em Montes Claros, dois em Jaíba, um em Pirapora, um em Brasília de Minas e um em Bocaiuva.

Ou seja, dos 86 municípios que integram a região, apenas cinco tiveram mortes por Covid nesse período – 81 passaram uma semana sem vidas perdidas para o novo coronavírus.

Montes Claros chegou a ficar três dias sem a ocorrência de óbitos por Covid, situação que se repetiu nesta quarta-feira (11).
 
NADA DE RELAXAR
Autoridades de saúde alertam, no entanto, que não é momento para descuido, principalmente com a circulação da variante Delta em território mineiro, como em Montes Claros, onde foi confirmado um caso de contaminação pela cepa indiana nesta semana.

Minas já soma 11 casos de pessoas infectadas pelo vírus considerado mais transmissível. Até a semana passada eram quatro registros, mais sete foram confirmados nesta quarta-feira e pelo menos outros oito são investigados no Estado.

O governo, porém, ainda não trabalha com a possibilidade de transmissão comunitária. 

Os 11 casos estão distribuídos em oito cidades: Belo Horizonte, Juiz de Fora, Virginópolis, Unaí, Divino, Itabirito, Montes Claros e Carangola. Os pacientes têm entre 12 e 59 anos. Três se contaminaram em viagens ao exterior.
 
VACINAÇÃO
Para o médico José Geraldo Leite, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), a queda na mortalidade é reflexo da vacinação, principalmente do público prioritário. Assim, muitas hospitalizações foram evitadas.

“Embora nossa cobertura em duas doses seja baixa, ela é alta nos grupos que têm mais risco de morte – maiores de 60, pessoas com comorbidades e profissionais de saúde”, explica o especialista.

Ao todo, conforme o Painel Vacinômetro, da SES-MG, 11 milhões de mineiros tomaram a primeira dose (67%), 4,3 milhões tomaram o reforço e 463 mil o produto da Janssen (29%), administrado em dose única.

Em Montes Claros, mais de 216 mil pessoas já tomaram a primeira dose (67%); 75,8 mil receberam a segunda e 7.740 tomaram a dose única da Janssen (26%).

Na região, são mais de 812 mil protegidos com a primeira aplicação (62%); 298 mil com a dose de reforço e 24,8 mil com a dose única (24,8%). 

Apesar do avanço na imunização, José Geraldo Leite alerta que a população precisa continuar com as medidas sanitárias, já que a mutação indiana já circula no Estado.

“Doenças de transmissão respiratórias não ficam restritas a regiões geográficas. Elas vão se espalhar, não há dúvida disso”, afirmou.

Por isso, o epidemiologista reforça a necessidade de conclusão do esquema vacinal. “A segunda dose sempre foi importante. Ela vai dar uma imunidade sólida, uma proteção maior. Com a variante Delta, passa a ser mais importante ainda”.

*Com Márcia Vieira e Luiz Augusto Barros

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