Minas recebe apenas metade das vacinas previstas na semana

Remessa que chegou ontem à capital mineira não atende demanda por segunda dose

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14/05/2021 às 00:36.
Atualizado em 05/12/2021 às 04:55
 (INGRID VASCONCELOS/AGÊNCIA MINAS/DIVULGAÇÃO)

(INGRID VASCONCELOS/AGÊNCIA MINAS/DIVULGAÇÃO)

Mesmo com a chegada de 207 mil doses da CoronaVac ao Estado ontem, pelo menos 33,5 mil mineiros vão continuar sem acesso à complementação do ciclo vacinal contra a Covid-19. O volume recebido pelo Estado corresponde apenas à metade do que foi prometido pelo governo federal. Apesar do déficit, a gestão estadual espera proteger toda a população acima dos 18 anos até o fim do ano.

Atualmente, a falta do imunizante produzido pelo Instituto Butantan atinge 830 cidades. De acordo com o secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, as 200 mil vacinas restantes são aguardadas na próxima semana. Conforme o Ministério da Saúde, a carga será entregue por “via terrestre”. 

Em Belo Horizonte, 7 mil doses da CoronaVac são necessárias para que a capital conclua a imunização dos trabalhadores da saúde, de 43 a 49 anos, e outras 50 mil dos idosos, de 64 a 66. Na capital, a imunização desses grupos está suspensa há três semanas. 

Baccheretti afirmou que, apesar da indicação da aplicação da segunda dose entre 14 a 28 dias após a primeira, a imunidade será adquirida mesmo depois do prazo. Porém, se o atraso for maior que uma semana, não há evidências científicas dos prejuízos em relação à eficácia da vacina. 

Além da CoronaVac, 420 mil unidades da Astrazeneca, produzida no Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), chegaram ao território mineiro ontem. A vacina vai contemplar aqueles que receberam a primeira dose há três meses.
 
MEDICAMENTOS
Doze hospitais do Norte de Minas receberam ontem nova remessa de medicamentos do kit intubação. São 4.200 produtos que serão utilizados para tratamento de pessoas acometidas pela Covid-19.

Nas últimas três semanas, as instituições de saúde da região que integram a rede de referência no atendimento de pacientes com Covid já haviam recebido 7.630 medicamentos.

Em Montes Claros, as instituições contempladas são: Hospital das Clínicas Dr. Mário Ribeiro (1.300 unidades); Hospital Universitário Clemente de Faria (150); Fundação Hospitalar Dilson Godinho (80); Hospital Aroldo Tourinho (190) e o Prontosocor (440 unidades).

As demais instituições do Norte de Minas que nesta semana estão recebendo mais medicamentos são: Hospital Municipal Senhora Santana, de Brasília de Minas (520 unidades); Serviço Móvel de Urgência e Emergência do Norte de Minas (Samu) – 50 unidades; Hospital Municipal Dr. Gil Alves, de Bocaiuva (50); Hospital Municipal São Sebastião, de Mirabela (50); Hospital Regional de Janaúba (450); o Hospital Municipal Dr. Oswaldo Prediliano Santana, de Salinas (100) e o Hospital Municipal de Januária (50 unidades).

TERCEIRA ONDA
Em meio à escassez de vacinas, outra preocupação é sobre a possibilidade de uma terceira onda. O secretário de Saúde garante que Minas tem se preparado. Segundo o chefe da pasta, o governo continuará expandindo leitos de terapia intensiva e comprando insumos.

“Não significa que vai acontecer. Mas, continuaremos comprando ‘kit intubação’, tentando normalizar os estoques dos hospitais”, afirmou Baccheretti.

De acordo com o secretário, a rede de gases, que foi um problema no último pico da pandemia, já não preocupa como antes. “Estamos mudando a rede de vários hospitais, financiando a qualificação, o que fica como um legado”.

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