E agora, vai?

Valve apresenta Steam Deck para ser o Swicth de quem joga no PC, mas é caro

Marcelo Jabulas
@mjabulas
Publicado em 23/07/2021 às 11:35.Atualizado em 05/12/2021 às 05:29.
 (Vale/Divulgação)
(Vale/Divulgação)

Não é de hoje que a Valve, gigante do varejo on-line de games, quer emplacar seu próprio console. A mais nova aposta é o Steam Deck. Trata-se de um console híbrido, como o Nintendo Switch, mas que roda os games de computador que são oferecidos na plataforma Steam. 

Com tela de sete polegadas, sensível ao toque, processador AMD Zen 2 e armazenamento eMMC com versões de 64GB, 256GB e 512GB, assim como bateria para oito horas, ele promete alta performance para jogar no banco do carona ou conectado a um televisor, como no similar japonês.

Segundo a Valve, o lançamento comercial está marcado para dezembro e o aparelho pode ser a consolidação de seu projeto de mercado. 
 
TENTATIVA
Não é a primeira vez que a dona da Steam tenta emplacar o próprio aparelho. Em 2015 lançou o Steam Machine, uma espécie de Xbox que rodava games para PC e utilizava sistema operacional próprio: SteamOS.

Na prática, era um computador de alta performance, mas com aspecto de estação de entretenimento, como tem sido com os consoles desde que passaram a rodar DVD. 

Mas a empreitada não deu muito certo e, em 2018, o Steam Machine foi descontinuado com menos de 500 mil unidades vendidas, pois era caro.
 
PREÇO
O problema é que o Steam Deck é caro. A versão de 64GB parte de US$ 399 (R$ 2,1 mil), enquanto as versões de 256GB e 512GB saltam para US$ 529 (R$ 2,7 mil) e US$ 659 (R$ 3,4 mil).

Nos EUA, o PS5 parte dos US$ 400 e um Xbox Series X custa US$ 500. E para piorar, os dois consoles oferecem mais volume de armazenamento: 825GB no Sony e 1TB no Microsoft. 

E se o argumento for a mobilidade, o Nintendo Switch parte de US$ 200 (R$ 1.050), na versão Lite (apenas portátil), e US$ 300 (R$ 1.570) na versão híbrida, com dock para conexão com televisor e joysticks destacáveis.

Tudo isso coloca mais uma vez a Valve numa sinuca de bico. Apesar do poder de compra maior que o nosso, o norte-americano não aceita disparidades de preço com tanta passividade como a gente. 

Por aqui é muito difícil que a Valve faça uma distribuição oficial. Mas a julgar pelo valores médios de PS5 e Xbox Series X, na casa dos R$ 7 mil, não seria surpresa ver o portátil beirar os R$ 10 mil, via importação independente. 

Será que agora vai, ou vai virar vapor mais uma vez?

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