Após três anos no Cerezo Osaka do Japão o lateral esquerdo de Jaíba acerta com o Botafogo e declara que ainda sonha em jogar no Atlético
Heberth Halley
Repórter
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Em coletiva com a imprensa na casa do delegado Aloízio Mesquita, na manhã de ontem, durante almoço, o lateral esquerdo Zé Carlos, de 27 anos, natural de Jaíba, acertou contrato com o Botafogo para a temporada de 2008.
O norte mineiro que estava no Cerezo Osaka desde 2005 disse que surgiu a oportunidade de vir para o Botafogo e acertou.
- Já estava com pensamento de voltar para o Brasil após três anos no Japão, aí surgiu a conversa com o meia Túlio, e ele perguntou se eu não tinha interesse de jogar no Botafogo, disse que sim, foi aí que o presidente Carlos Augusto Montenegro, entrou em contato com meu empresário, Gilmar Rinaldi e acertou minha transferência, falta apenas fazer o exame médico – conta o jogador.
Zé Carlos, 27 anos, vai reforçar o Botafogo em 2008
(foto: WILSON MEDEIROS)
Ele diz que durante sua passagem pelo Japão se adaptou muito bem, mas que sentia muita saudade de seus familiares, mesmo morando com a esposa e o filho. Conta que no meio do ano, quase acertou com o Cruzeiro, mas não houve negociação e novamente houve outra conversa no fim de ano, após a contusão de Fernandinho, mas também a conversa não evoluiu.
Ele revela que teve apenas proposta concreta da Suíça, mas que escolheu o Botafogo, pois queria voltar para o Brasil e foi um contrato bom.
Quanto à seleção brasileira disse que é conseqüência do trabalho, e espera com tranqüilidade.
- Tive a oportunidade de ir quando eu estava no São Caetano, quando o técnico era Ricardo Gomes, mas não fui convocado, porque eu tinha 21 anos, e era para a seleção sub-20. Mas procuro me doar ao máximo à equipe que estou jogando, a seleção é conseqüência do trabalho – diz Zé Carlos.
Ele entende que se fizer um bom trabalho no Botafogo, com a equipe conquistando título, pode ter uma chance na seleção.
- O Botafogo é uma vitrine, se vencermos o campeonato carioca e a taça Guanabara, as coisas podem clarear. É continuar trabalhando para que as coisas aconteçam – salienta o atleta, que confessa que sempre se espelhou no jogador Serginho do Milan.
O jogador declarou que tem um sonho e que ainda quer realizá-lo, ainda como jogador.
- Quero jogar no Atlético, meu time de coração, e quero encerrar a carreira no Goiás, time que me ajudou muito e que me projetou para o futebol – revela.
INÍCIO
Bastante emocionado Zé Carlos conta como começou a carreira. Ainda menino aos 15 anos, vai para Goiás, para tentar a vida, mas não como jogador, mas surgiu a oportunidade de fazer um teste e entre 70 meninos foi aprovado ao lado de mais três. Em 1995, começaria a carreira como jogador. Sua posição era meio campo, mas logo vai para ponta-esquerda. Disputa várias competições, sendo que na primeira competição na Copa Manê Garrincha juvenil, sagra-se campeão e é artilheiro com 27 gols. Começa a destacar e em 1999, se profissionaliza aos 19 anos. Em 2000, quando era reserva de Araújo, tem a oportunidade de jogar como titular, após contusão de Araújo. No terceiro jogo no campeonato Centro-oeste contra o Dom Pedro II, faz seu primeiro gol como profissional, e conta que sua mãe que não tinha televisão quando foi para Goiás, viu seu gol pela TV.