A afirmação do presidente do Cassimiro, Gilson Albuquerque, em entrevista a O NORTE na última terça-feira, no qual disse que a culpa da eliminação do time do Cassimiro no campeonato amador de júnior foi do treinador Júnio Borges, por não entregar a documentação em tempo hábil, deu o que falar.
O treinador respondeu a afirmação do presidente e disse que dirigente do Mais Querido está mentindo e que não houve nada disso.
Segundo o treinador Júnio Borges, quando aconteceu o fato ele já havia sido contratado pelo Novo Clube e que a responsabilidade da documentação era do diretor de futebol, Eliezer, o popular Liu.
- No dia 06 de abril fui contratado pelo Novo Clube, e antes de ser contratado, avisei ao presidente Gilson, dei uma satisfação a ele, que eu iria trabalhar no Novo Clube. Estou tranquilo quanto ao que ele falou – explicou Júnio Borges.
A reportagem de O NORTE entrou em contato por telefone com o presidente Gilson Albuquerque e deu a sua versão com relação ao fato acontecido e afirmou que Júnio está mentindo.
- Ele ficou responsável junto com Liu de entregar a documentação dos atletas. Ele ficou com uma parte e Liu com outra. Tanto que Júnio ficou responsável de inscrever alguns jogadores de Francisco Sá, tanto que o presidente do Vasco de Francisco Sá, Zé Elegância, como o time não iria disputar, ele havia proposto ceder alguns atletas e marcou uma reunião com o treinador Júnio para pegar as inscrições e não compareceu – explicou o dirigente do Cassimiro.
O presidente da equipe do Bairro Todos os Santos, confirmou que o treinador havia avisado a ele que iria para o Novo Clube, mas para dirigir a equipe infantil, mas pediu ao dirigente do Cassimiro para ser o treinador do time júnior no campeonato da cidade.
- Perguntei a ele se não era antiético trabalhar lá no Novo Clube e no Cassimiro, mas ele respondeu que não era, pois o relacionamento do diretor do Novo Clube, Paulo Salgado, que já trabalhou no Cassimiro, era bom e não teria problema em comandar a equipe no campeonato – rebateu Gilson Albuquerque, que afirmou ainda que o treinador comandou dois coletivos da equipe júnior, inclusive já trabalhando no Novo Clube.
O NORTE ouviu também o diretor do Cassimiro, Liu, que revelou que aconteceu foi um equívoco.
- Júnior conversou comigo e disse que havia recebido uma proposta melhor para trabalhar no Novo Clube e perguntou se dava para conciliar nos dois. Falei com ele que não havia problema. No domingo (dia 19) ele me ligou dizendo que estava com a lista dos jogadores inscritos e na terça-feira era feriado. Como a Liga costuma receber a documentação até na quarta-feira, pensei que o prazo seria na quarta-feira (dia 22), pois na terça-feira era feriado. Mas eu já havia avisado a Gilson que não iria mais nas reuniões da Liga representar o cassimiro, pois sou pré-candidato à presidência da LMF – Liga montes-clarense de futebol e isso poderia me prejudicar. A gente não sabia que o prazo era até o dia 20 de abril. Quando cheguei lá na quarta o secretário Ivan não quis receber as fichas porque o prazo havia terminado – explicou Liu.
O diretor do Cassimiro, salientou ainda que perguntou ao secretário da LMF porque ele não podia receber as fichas e ele respondeu:
- Vocês não vêm aqui e não ficam sabendo das coisas!
Para concluir, o diretor do Mais Querido declarou que a culpa foi dele e afirmou que faltou representatividade por parte do Cassimiro e falta de bom senso da LMF que não quis receber as fichas.
- A gente poderia ter levado por w x 0. Poderia privar de liberar o atleta, mas não de privar para inscrever – finalizou.
