Sem admitir os próprios erros, Adilson pede urgência para o Cruzeiro ter um presidente

Luciano Dias
@jornlucianodias
17/03/2020 às 08:08.
Atualizado em 27/10/2021 às 02:58
 (Vinnicius Silva/Cruzeiro )

(Vinnicius Silva/Cruzeiro )

, o treinador, demitido pelo clube nesse domingo (15), reafirmou que o time precisa urgentemente de um presidente para tomar as decisões. 

“Eu fiquei triste porque estamos sendo geridos por oito pessoas (no Núcleo Dirigente Transitório). Eles têm seu valor, assumiram o clube em dificuldade enorme, (com problemas) financeiros, com desmandos. Este grupo aceitou o desafio, tem que enaltecer isso. (...) Fiquei triste, chateado porque precisava entender o processo do clube. Objetivo maior é lá frente (a Série B)", destacou Adilson Batista.

Segundo o ex-técnico da Raposa, o diretor de futebol Ocimar Bolicenho, também demitido nesse domingo, não tinha poder no clube. Adilson Batista ainda comparou o momento de “desordem” do Cruzeiro com a última vez em que Zezé Perrella foi presidente do time celeste, com Eduardo Maluf como diretor de futebol, no final da década passada. 

“Trabalhei com o Zezé que mandava, e o Eduardo Maluf de diretor de futebol (entre 2008 e 2010). A gente tinha um vestiário controlado, com normas, regras, com senso profissional, com objetivos, metas. Eu trabalhei com 92 jogadores em três anos. A postura do Maluf no dia a dia é de um dirigente que era firme. Nesta gestão, não deram esse poder para o Ocimar. Os oito gestores não deram poder para o Ocimar. Ficou difícil trabalhar”, explicou. 

Em vários momentos da entrevista, Adilson ressaltou as dificuldades no processo de reconstrução, como jogadores que não quiseram ficar no clube - citou Orejuela (emprestado ao Grêmio até o fim do ano) - e atletas que demoraram a chegar, como o volante Jean.

Mas o treinador não admitiu os próprios erros. Em 12 jogos nesta temporada, o Cruzeiro acumulou quatro vitórias, quatro derrotas e quatro empates – aproveitamento de 44,4%. O time ocupa a modesta quinta colocação no Campeonato Mineiro e vive situação difícil na Copa do Brasil após perder em casa para o CRB por 2 a 0. 

Apesar dos números negativos, o técnico considera a demissão injusta e se diz decepcionado. “Decepção porque cheguei no passado com o intuito de participar desse processo. Sabia das dificuldades pelo o que a gente vinha acompanhando. Um time que não tinha força para reagir no ano passado. Na remontagem nós sabíamos que teríamos que ter paciência, tranquilidade e discernimento para suportar as dificuldades”, lamentou.

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