Nairlan Clayton Barbosa
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Enquanto Atlético e Cruzeiro ainda não esquentaram seus turbilhões de contratações e, sobretudo, de real preparação para o Mineiro versão 2009, as esquinas da nossa princesinha do morro Dois Irmãos (na verdade só a metade deles), vão se enchendo de alaridos e especulações sobre o agora aquecido futebol que saiu do imaginário e saltou para o cotidiano alheio de fato em nossa aldeia. Outro dia, por exemplo, ao subir a arqui-super-hiper-ultra-mega histórica Melo Viana, deparo-me com meu nobre amigo Antonio Carlos Carvalho, ou, para facilitar o conhecimento dos leitores, o Carlinhos Presidente, a me trazer uma nova, sabida por ele daqueles que frequentam o seu salão, para aparar as madeixas, ou que simplesmente por ali vagam e divagam sobre os murmúrios existentes na urbe. São estes, sobretudo, personagens importantes nos preâmbulos do nosso rincão. E levam de lá para cá ou daqui para lá “os boatos que diziam que o sertão ia alagar”, se me permitem cantarolar os inventores do Rock Rural “ Rodrix, Sá e Guarabyra”. Mas esquecendo as canções e entrando no campo do futebol, se entenderam o trocadilho, a Nova na verdade é que Carlinhos Presidente e Waguinha ficaram sabendo que o “Bicho”, como é conhecido o time do Montes Claros, que há 10 anos atrás levantou o público disputando um campeonato profissional irá voltar para a disputa da terceira divisão do Campeonato Mineiro, disputa essa conquistada pelo Tricolor dos Montes no último ano.
Segundo informou o “presidente”, fonte segura lhe sofejou essa possibilidade já para este 2009.
O “Bicho”? De volta? Será?
Mas que ótimo!
Se alguém com ímpeto, brio, paixão pela bola e responsabilidade administrativa resolveu levantar essa bandeira, seria mesmo um “must”.
Atrás do Trio Elétrico, no caso em voga, atrás do “Tricolor” elétrico, só não foi quem já morreu. E o futebol não morre jamais.
Sabemos que algumas cidades mineiras (e brasilianas) detém em diversos campeonatos duas ou mais equipes de futebol.
A guisa de exemplo, o Poços de Caldas e a Caldense, de Poços de Caldas. O Mamoré e o Patos de Minas, da cidade que leva o mesmo nome. O Nacional e o Uberaba, também da terra do Zebu. Ideal e Ipatinga, no Vale do Aço. E outras mais as quais os amantes do futebol bem conhecem.
Certo é que seria ótimo para o futebol da nossa querida Princesa do Norte se aqui existissem dois ou mais clubes profissionais atuantes. Terá serventia ao crescimento futebolístico por essas bandas.
O Bicho, o Broca, o Mais querido ou o Formigão. Ou quem quer mais que se apresente, será de fato bem vindo e se somará ao anseio e pedido da população montesclarina para a construção de um estádio municipal que possa de fato representar a terra de Jomar, Espoletão, Manoelito, Nuno, Nicomedes, Manoelzinho, os irmãos Baleiros, Saruê, Didi, Carne-preta e tantos outros que fizeram jus a um tempo imortalizado e inesquecível neste torrão norte mineiro, pólo do comércio, da educação e da política regional.
Se o bicho voltará, ainda é um mero desejo e uma vã especulação.
Mas faz renascer no coração do cidadão apaixonado pelo futebol o desejo de ver essa cidade grande e se projetando para o mundo através deste esporte que traz crédito e visão para quem nele acredita. E, se um dia pudermos disputar um grande clássico local, a exemplo do que acontece na capital, será a realização de um grande sonho:
O bicho pode até pegar!
