Sapatada na rechonchuda: Histórias do Mineirão - As operárias educadas - por Nairlan Clayton Barbosa

Jornal O Norte
Publicado em 07/11/2008 às 16:34.Atualizado em 15/11/2021 às 07:49.

Nairlan Clayton Barbosa


www.sapatada.blogspot.com



No último Atlético e Cruzeiro, o Galo amargou mais uma derrota frente ao adversário completando 7 jogos sem vitória ante a equipe estrelada da toca.



Tristezas à parte, mais uma vez a Equipe Mil de Esportes da Expressão estava presente para mais uma cobertura esportiva direto da cabine 28 do Gigante da Pampulha.



Como é comum acontecer em nossas viagens, sempre uma história, recheada de boas gargalhadas nos pega de surpresa e faz com que nossas viagens sejam mesmo inesquecíveis.



E tudo começou na verdade na nossa ida para Pirapora, a fim de realizar a transmissão do jogo entre Pirapora e Funorte. Já próximo ao posto rodoviário policial, nós tivemos que parar a viatura, pois o nosso querido Lu Salles detectou uma temperatura alta no motor. Ele iria abastecer com um pouco de água o radiador, e o policial de serviço naquele momento gentilmente nos disse para apanhar a água que saía de uma bica ao lado do posto.



Agradecemos e fomos. Só que, para nossa surpresa, o local da torneira estava recheado de abelhas! Bom, não é preciso dizer que todos recuaram diante da possibilidade de ser atacado. Afinal, ninguém merece ser picado por abelhas em pleno sábado pela manhã.



E elas eram muitas viu, posso garantir.



Em meio a esse imbróglio, ficamos sem saber o que fazer, quando o guarda rodoviário, de longe, como se fosse uma coisa bem simples disse-nos em tom meio gritante, sem, contudo, abandonar a cortesia:



“Peça licença às meninas”.



Ficamos sem entender. Eram abelhas ensinadas?



Achamos ser uma brincadeira do nosso protetor das estradas, quando, de repente, como quem não quisesse nada, nosso guia mór, o polivalente Lu Salles se encaminhou e disse de forma educada e gentil ao enxame complexo de no mínimo 500 abelhas que circulavam trabalhadoras e incessantes, na bica dourada por onde a mangueira deveria ser acoplada - e disse calmamente: “poderiam nos dar licença por gentileza?”.



Pronto. Caímos na gargalhada. O cara tava doido. Tresloucado, maluco. Tudo bem que na Equipe Mil de Esportes ele seja conhecido como o hiper-ativo, mas daí a conversar com vespas? Pelo amor de Deus.



Desistimos. O profeta disse: “parei com a brincadeira. Vamos embora”.



Gente, quem quiser que acredite, mas não é que as operárias da cera foram abandonando o local até o deixarem livre para acoplarmos a mangueira?



Olha, confesso que pela primeira vez na vida vi abelhas educadas, que ao simples pedido de licença o executaram com a maior presteza para que pudéssemos resolver nosso problema e seguir viagem.



Realmente, depois de tudo executado, ainda me bate aquela dúvida grotesca naquele dia em que seguíamos viagem para a transmissão do clássico entre a raposa e o galo: parece-me que vi, pelo vidro traseiro de nossa viatura, as abelhas operárias acenarem em tom de adeus nos desejando boa viagem!



Ainda me persegue o talvez!



Há quem diga que uma delas se apaixonou pelo Lu Salles e mandou cartão postal pra ele recentemente.



“Sunscristo”!

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