Nairlan Clayton Barbosa
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Foi notório como o time do Formigão se portou após a entrada do jogador Felipe em campo. Tudo bem que o time já estava sem qualidade e sem esquema tático. Tudo bem que o América de Teófilo Otoni estava com um a menos. Foi na raça. Mas sinceramente? Felipe já é bem vindo na equipe faz muito tempo.
Já nas partidas do Júnior ficou evidente a forma de jogo do Felipe. É um craque. Tem jeito de craque. Tem porte de craque. Toque de craque.
Foi um diferencial qualitativo muito grande por que atuando, ele não correu desenfreadamente sem saber quem marcar ou onde colocar a bola.
Deixou o Ávila ou o “Furioso” várias vezes cara a cara com o gol.
Combateu. Marcou. Deu passe. Lançou. Mas tudo isso com consciência, não batendo cabeça, ou como diria meu pai, não fazendo papel de cabeça-de-bagre.
Felipe não é cabeça-de-bagre. Tem perfil de bom jogador, e deve merecer a confiança do técnico.
Para os críticos de plantão, não estou aqui fazendo Lobby para jogador, mesmo por que não conheço pessoalmente o Felipe, e nem quero. Não gosto de aproximação com jogador de nenhum time, por que quero manter a minha credibilidade profissional. É melhor assim quando se é trabalhador da Imprensa.
Mas tenho que reconhecer um craque quando o vejo.
E Felipe é um craque.
E craques jogam no time.
Felipe deve jogar.
Deve ser orientado sobre o que fazer, por que joga sério e é disciplinado, e jogador pode ser disciplinado e talentoso ao mesmo tempo.
Não é todo dia que nasce.
Por isso, Felipe é um achado. Ele vai longe, se a cabeça não subir, se o estrelato não tomar conta e se os pés no chão forem a tônica da sua vida e profissão.
Quem sabe possamos vê-lo jogar, com a responsabilidade e a elegância que carrega.
Certamente, será certeza de vermos um craque em campo.
E craques, são raros, hoje em dia nesse futebol “tosco” que a Europa está ensinando o mundo jogar. Futebol apagado, sem graça, que joga com regulamento debaixo do braço. Futebol de muitas cifras, e pouca alegria. Quem sabe essa sacolejada na economia mundial e nos bolsos dos megaclubes faça renascer o futebol da alegria. Do riso e, seguramente, dos craques, tão raros.
Felipe é um remanescente deste futebol alegre e que enche os olhos.
Está em extinção e nossos filhos precisam conhecer o que é praticar futebol de craque, por que na maré que caminhamos um dia só os vídeos irão mostrar.
No museu do futebol.
Então, vamos ao campo ver enquanto ainda temos tempo.
Nossos filhos e nossos netos merecem.
Lutemos por isso.
AQUELE ABRAÇO: Hoje para a Jornalista Onilda Santos, companheira da Rádio Expressão FM 104,9 atualmente na Rádio Unimontes FM 101,1. Figura extremamente simpática e amiga com quem sempre tenho oportunidade de trocar boa prosa. Um super abraço. E obrigado pelo privilégio da amizade.
NO RÁDIO: Hoje a partir das 4 e meia da tarde tem show de transmissão na 104,9 Expressão FM. O Formigão parte pra cima do Verdão de Aço sem tomar conhecimento. E a equipe mil de esportes estará em campo levando todos os detalhes pra você. Encontro marcado. Um olho na tela vendo o Galo jogar e o ouvido colado no Radinho, no celular, no MP3-5. Nos encontramos lá. Não se esqueça: A sintonia é 104,9 FM.
