Nairlan Clayton Barbosa
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Na última segunda-feira, em reportagem exibida pelo MG Inter TV, que vai ao ar sempre por volta das sete da noite pela Rede Inter TV, o radialista Diu Andrade externou uma opinião sobre a equipe do Funorte que levantou uma grande polêmica no meio futebolístico.
Andrade disse que “o time do Funorte não pode aspirar ir muito longe no certame, pois ninguém sabe quem são os seus jogadores. Não houve investimento, e o time certamente é considerado fraco para o campeonato que disputa... Os jogadores do time não são conhecidos.”
No dia seguinte, terça-feira, no programa Placar Eletrônico, apresentado por Lu Salles na Rádio Expressão FM às 11 da manhã, e que conta com a participação dos jornalistas Samuel Nunes, Saulo Souza e Geraldo Sá, a questão foi levantada e desta feita, participou o gerente de futebol do Funorte, Jeibson Moura, respondendo às declarações de Diu Andrade. Jeibson contra atacou afirmando que “não entendo como ele (Andrade) pode dizer isto se nossos jogadores têm pedigree. Nós temos diversos jogadores com passagens pelo Araxá, pela URT, alguns por times de São Paulo, e ainda outros com passagens pelo exterior, como Portugal e outros países. Jeibson ainda protestou dizendo que “infelizmente existem aqueles que torcem contra”.Não contra o Funorte, mas contra o futebol de Montes Claros. Nós não estamos dizendo que não aceitamos críticas. Aceitamos sim, mas desde que sejam construtivas, não apenas dos que torcem contra.
Polêmicas à parte, quero aqui externar a minha opinião.
E pergunto: Para um time ser campeão, é preciso ter apenas “medalhões” na equipe? Apenas jogadores conhecidos? Se essa fosse a tônica, a equipe Júnior do mesmo time do Funorte não estaria dando um trabalho danado às equipes de Belo Horizonte no Campeonato Mineiro de Juniores. Os garotos do Funorte empataram com o Cruzeiro em Belo Horizonte, empataram com o Atlético na Cidade do Galo e venceram o time da Raposa aqui mesmo em Montes Claros na fase passada do campeonato, deflagrando uma crise na categoria Júnior do time da toca, que culminou na dispensa do técnico da equipe.
Sendo assim, creia-me, dizer que um time não vai longe por que não tem jogadores conhecidos não é uma declaração sábia. É um equívoco!
E, pior ou melhor, é que a equipe profissional do Funorte tem jogadores conhecidos. Citamos aqui os mesmos citados pelo Jeibson, como no caso do Odair (ex-Sport e Braga de Lisboa), Bráulio(ex-Valério), Vítor (ex-Atlético Mineiro), Ditinho(ex-URT), Everaldo(ex-URT), Barrinha (ex-Guarani de Campinas), e assim por diante.
Olha, é claro e evidente que profissionais competentes que exercem a sua função há mais de 20 anos dentro do futebol de Montes Claros têm que merecer atenção em suas declarações e opiniões. Portanto, entendemos que as palavras de Diu Andrade revelaram seu parecer acerca da equipe do Funorte e devem ser observadas. Mas, ousamos discordar, mesmo sendo mais recentes dentro do cenário futebolístico montes-clarense. Discordamos por que, é preciso se embasar para proferir uma sentença tão amarga já de início no campeonato a equipe que fez o seu segundo jogo, o primeiro em condições normais de campo. Ouso até mesmo declarar neste espaço destinado às dissertações esportivas dizer que a equipe do Luiz Eduardo, “goleirão” do meu Galo Centenário, não foi bem na sua partida aqui em Montes Claros no último fim de semana na Arena do Todos os Santos contra o América de TOT. O time pecou sim, mas não por falta de jogadores desconhecidos. Não por falta de investimento. Não por falta de motivação. Os motivos são outros, e precisam ser identificados.
Ainda atenho-me a declarar aqui na Sapatada que é importante entendermos que o futebol não tem bandeira política. Os duelos políticas se foram com o segundo turno eleitoral na Princesinha do Norte. É preciso sermos profissionais o suficiente para separar as coisas. Dizer o que é verdade na hora certa, e deixar as provocações para a época certa também.
É preciso analisar como um todo. E, nós, os que participamos da imprensa esportiva numa cidade movida pela paixão do futebol, temos que tomar conta mais ainda do momento certo para efetuar nossas duras críticas a um trabalho que, tem sido feito com dificuldade, mas objetivando lograr êxito no seu projeto final.
Assim contribuímos efetivamente para o crescimento esportivo da nossa cidade, e não simplesmente balbuciamos palavras ao vento.
Creio que como profissional da imprensa também tenho opinião.