Geraldo Sá


Teólogo, contabilista e cronista esportivo da Expressão FM

Confesso: Dormi. Tentei assistir até o final o jogo entre Brasil e Bolívia; válido pelas Eliminatórias  da América do Sul, para a Copa do Mundo na África.

Por volta dos 35 minutos, me desliguei da atenção do jogo – só retornando no início do segundo tempo. Normalmente não me acontece  isso, quando o espetáculo de futebol é interessante.

Pensei que iria ver um futebol envolvente; com jogadas tramadas e um volume de jogo que certamente remeteria o selecionado brasileiro para uma posição mais confortável na tábua de classificação do citado evento.

Não para minha surpresa; já que tenho acompanhado os jogos dos nossos “canarinhos;  durante o tempo que pude testemunhar e ainda  me valendo do vídeo tape,  no período do meu “apagão”, vi uma equipe sem nenhuma identidade, com o que é básico para a prática desse esporte, que notabilizou o Brasil no cenário mundial.

É inadmissível, à vista do que temos como recursos técnicos ( treinadores, jogadores, torcedores, estádios, reconhecimento popular mundial) e história de grandes triunfos, como a conquista de cinco copas do mundo, a ausência de um simples esquema tático que manteria nossa atenção até o final.

O Dunga (que resisto até agora em reconhecê-lo como treinador), não possui as qualificações para o exercício função que exerce  até agora. Si complica em simples modificações dentro do jogo. Convoca com o coração e com o paternalismo dos “pampas” ,além do clientelismo dos investidores nacionais e internacionais.

Citando apenas os dois últimos confrontos (Chile x Brasil – Brasil x Bolívia), percebe-se claramente que muito ainda falta,  para que tenhamos de volta o prestígio perdido desde a convocação deste bom moço e como jogador grande exemplo para o futebol brasileiro.

Futebol não é somente brincadeira... é também respeito para com aqueles que, ao seu modo percebe a falta de um esquema de jogo capaz de conquistar objetivos e sonhos.