Se engana quem acredita que “santo de casa não faz milagre”. Cruzeiro e Atlético, adversários neste domingo, às 16h, no Mineirão, pela 32ª rodada do Campeonato Brasileiro, são provas disso. Vivendo situações complicadas, principalmente os cruzeirenses, e bem parecidas na competição, pois lutam para se distanciar da zona de rebaixamento, Raposa e Galo encontraram em alguns jovens das categorias de base a solução para carências dentro das quatro linhas.
E será uma das atrações do confronto que eles disputam no Gigante da Pampulha o reencontro entre garotos que, desde as categorias de base, sabem bem o que significa uma partida quando os dois rivais se encontram. Leia mais na página 11
Garotada conquista espaço nos rivais
As crias cruzeirenses no clássico devem ser os zagueiros Cacá e Fabrício Bruno e o volante Éderson, que caiu nas graças do torcedor.
Éderson se destacou demais nos últimos jogos, com gols contra Corinthians e Botafogo. O volante, titular absoluto de Abel Braga, já desperta o interesse de clubes do exterior e foi até chamado de “monstro” pelo comandante.
Aos 20 anos, Cacá tem se destacado pela impulsão e velocidade, e foi elogiado pelo experiente lateral Edilson. Na vitória por 2 a 0 sobre o Botafogo, na 29ª rodada, o zagueiro abriu o placar para a Raposa no Engenhão.
O companheiro Fabrício Bruno, que retornou da Chapecoense nesta temporada após dois anos em Santa Catarina, tem sido um dos pilares, mesmo jovem, de uma defesa que precisou se reinventar durante a Série A.
NA BASE DA RAÇA
No Atlético, quem puxa a fila dos “bem-sucedidos da base” é o goleiro Cleiton. Substituto do lesionado Victor, o catarinense de 22 anos agarrou a oportunidade e caiu nas graças do torcedor. Ficar de fora do time titular, inclusive, só quando é acionado para a Seleção Olímpica.
Brigando pela titularidade, os meias Bruninho e Marquinhos Costa surgem como fortes candidatos ao posto de “Xodós da Massa”, principalmente após os gols na vitória por 2 a 0 sobre o Goiás.
Filho do ex-volante e lateral Bruno, que atuou no Galo nos anos 1990, Bruninho já marcou duas vezes em 21 partidas.
Cria do clube, onde chegou com 13 anos, o meia pinta como importante opção para o clássico.
Marquinhos tem mais chances de ser titular domingo. Aos 20 anos, pode chegar ao 10º jogo pelo clube caso atue no clássico e enfrente o rival que acostumou a “tirar onda” nas categorias inferiores.
Pelas características ofensivas, que casam perfeitamente com as carências de Mancini, ele tem grandes chances de iniciar a partida.