Os seis gols sofridos pelo Cruzeiro nos últimos dois jogos transformaram a defesa do time, principalmente a dupla de zaga, formada por Caicedo e Léo, no alvo principal dos torcedores, revoltados com a oscilação da equipe de Mano Menezes dentro das partidas.
E muito mais que da torcida, o histórico recente deve estar tirando o sono do técnico cruzeirense. Sua competência para armar sistemas defensivos é tão grande, que ele tem aluno, Fábio Carille, técnico do Corinthians, brilhando neste Brasileiro justamente por causa do que aprendeu com ele.
A análise dos números da defesa do Cruzeiro neste Brasilei-rão, e a comparação com o desempenho dos outros 19 clubes, mostram que o ataque é um problema maior. Apenas sete times tomaram menos gols que o Cruzeiro na edição deste ano da competição.
Por outro lado, 12 equipes balançaram mais as redes adversárias que os comandados de Mano Menezes. Na média, o Cruzeiro faz apenas um gol por jogo e sofre 1,09.
HISTÓRICO
Quando o desempenho defensivo do Cruzeiro é comparado com os números de Mano Menezes na Série A do Campeonato Brasileiro, fica evidente que o problema maior do time está longe de ser a retaguarda.
O treinador cruzeirense já treinou quatro clubes diferentes em nove edições da Primeira Divisão. A média atual de gols sofridos (1,09) não é um ponto fora da curva na história de Mano Menezes no Brasileiro. É inclusive menor que a média histórico, que é de 1,11, pois as suas equipes sofreram 256 gols em 229 jogos.
No terceiro lugar alcançado com o Grêmio em 2006, por exemplo, o tricolor gaúcho sofreu 45 gols, média de 1,18.
Em 2010, quando ele deixou o Corinthians para assumir a Seleção Brasileira, o time paulista liderava o Campeonato Brasileiro com os mesmos 12 gols sofridos em 11 rodadas que o Cruzeiro tem agora.
Não há como esconder que o desempenho da defesa cruzeirense tem deixado muito a desejar nas últimas partidas. Mas uma produção ofensiva mais eficiente do time, que tem apenas o 13º ataque da Série A do Campeonato Brasileiro, ajudaria a tirar o Cruzeiro da parte de baixo da tabela de classificação.