Vitor Costa
Estagiário
Entre os passageiros que estavam n avião que levava a delegação da Chapecoense para Medellín, na Colômbia, e que caiu na madrugada desta terça-feira (29), estava Anderson Roberto Martins, de Pirapora. Nascido na cidade ribeirinha do norte de Minas atuava como preparador de goleiros no Chapecoense. O Boião, como era conhecido, tinha 46 anos e deixou mulher e dois filhos.
Luiz Pereira é dirigente do Pirapora Futebol Clube e, segundo ele, Anderson estava feliz e dizia que se encontrava no melhor momento de sua vida profissional.
- Ele estava feliz e sabia que todos nós, aqui em Pirapora, o tínhamos como exemplo de atleta, amigo, pai de família e gente da melhor qualidade. Era um amigo com que tínhamos prazer em conversar – diz Pereira.
O preparador de goleiros do Chapecoense estava sendo esperado para um jogo festivo de ex-jogadores profissionais em Pirapora em dezembro, onde sempre procurava passar as festas de fim de ano.
Enquanto morou em Pirapora, Anderson passou por vários clubes da cidade, dentre eles o Industrial e o Sabadel. O ex-goleiro e amigo, Alexsandro Simas, relembra como era a relação entre eles.
- Nós apelidamos o Anderson, que já era chamado de Boião, de “Fábio Júnior”, por ser muito parecido com o então goleiro do Cruzeiro e, também, por ser excelente na defesa do gol. Desde jovem, ele sabia o que queria na vida profissional. Como pessoa, era muito bacana, um ótimo amigo – finaliza Alexsandro.
Ainda não se sabe se o treinador de goleiros será enterrado em sua terra natal, assim que os corpos dos atletas forem trazidos para o Brasil.