O jogo da vida

Partida de hoje, contra o Colón, será divisor de águas para Rodrigo Santana

Thiago Prata
26/09/2019 às 09:10.
Atualizado em 05/09/2021 às 21:56
 (Bruno Cantini/Atlético)

(Bruno Cantini/Atlético)

Existem jogos e lances que funcionam como divisores de água, iniciando uma era de conquistas e capítulos épicos; ou então, sepultam sonhos de jogadores, torcedores e clubes.

A defesa de Victor na penalidade de Riascos contra o Tijuana, na Libertadores de 2013, e o gol de Edcarlos, o último dos 4 a 1 do Galo sobre o Corinthians, na Copa do Brasil de 2014, são exemplos da primeira situação. O empate em 0 a 0 com o Vasco, culminando no rebaixamento à Série B do Brasileiro em 2005, ilustra bem a segunda.

O duelo de hoje, às 21h30, entre Atlético e Colón, no Mineirão, valendo uma vaga na decisão da Sul-Americana, fará parte de um desses dois “grupos”, mas já é certo que o principal personagem dessa história será Rodrigo Santana.

O treinador está inserido numa tênue linha que o une à glória, em uma extremidade, e ao fracasso, na outra. Sobre ele, uma pressão sem precedentes. A série de seis derrotas consecutivas no Brasileirão fizeram o time despencar no campeonato – da 4ª para a 10ª colocação, antes da realização da 21ª rodada – e colocaram uma “corda no pescoço” de Santana. Está em jogo na noite desta quinta a sobrevivência do alvinegro no ano e a do técnico no clube.

Por ter perdido o embate de ida por 2 a 1, de virada, em Santa Fé, o Atlético precisa de um triunfo por 1 a 0 ou, caso sofra gol, por dois ou mais tentos de diferença. Se vencer por 2 a 1, a vaga sairia da disputa de pênaltis. Um empate basta para o Colón se classificar.

Se o Galo passar, Santana estaria muito perto de fazer história, pois faltaria apenas um jogo para um inédito título ao clube. Mas uma hipotética eliminação pode significar sua demissão e dificultar ainda mais a já complicada missão do time em se classificar à Libertadores através do Brasileirão.

Em 2019, Rodrigo Santana esteve envolvido em dois fracassos do Galo em mata-mata. No primeiro carregou uma “batata quente”, ao assumir a equipe profissional, no lugar de Levir Culpi, demitido, para a final do Mineiro. O Cruzeiro acabou levando a taça de campeão, mas o treinador atleticano ganhou um voto de confiança da diretoria alvinegra.

Na segunda eliminação, novamente para a Raposa, nas quartas de final da Copa do Brasil, Santana e o Atlético foram “perdoados” por conta da raça que o time demonstrou na partida de volta, vencida pelo Galo por 2 a 0. Depois, o alvinegro engrenou na Série A, mas, após a sequência de seis derrotas, tudo desandou.

Em suma, a disputa com o Colón pode decretar a “sobrevivência” ou findar a Era Rodrigo Santana, que, até agora, computa 35 partidas, sendo 16 vitórias, cinco empates e 14 derrotas, à frente do Atlético. Um Mineirão lotado vai testemunhar uma nova glória ou o fim de mais um sonho.

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