(ALEXANDRE VIDAL/FLAMENGO)
O centroavante Gabriel é o artilheiro, Éverton Ribeiro, o maestro, Arrascaeta, o craque, Diego Alves, o paredão, Rafinha e Filipe Luís, os grandes nomes. Mas ninguém é tão importante, em termos individuais, no Flamengo de Jorge Jesus, nesta Copa Libertadores, como o belo-horizontino Bruno Henrique.
O garoto nascido e criado na Vila Tiradentes, no Concórdia, bairro da região Nordeste de Belo Horizonte, e formado no futebol de várzea da capital mineira, vive seu momento máximo vestindo a camisa rubro-negro.
E este protagonismo no melhor time brasileiro da atualidade, quando se trata da Libertadores, é bancado pelos números.
Na sua caminhada para a final contra o River Plate, da Argentina, no dia 23 de novembro, no Estádio Nacional, em Santiago, o Flamengo disputou 12 jogos e marcou 22 gols.
Bruno Henrique teve participação direta em 11 deles, exatamente a metade, com cinco bolas na rede e seis assistências, quesito em que ele é líder de forma disparada no time.
Além disso, na última quarta-feira, na goleada de 5 a 0 sobre o Grêmio, no Maracanã, que assegurou a classificação flamenguista à final, o camisa 27 sofreu o pênalti que foi convertido por Gabriel e se transformou no terceiro gol do time de Jorge Jesus.
DECISIVO
Bruno Henrique se consolida como peça fundamental na campanha rubro-negra principalmente pela sua eficiência nos duelos contra os gaúchos Internacional e Grêmio, pelas quartas de final e semifinal, respectivamente.
Diante do Colorado, no jogo de ida, no Maracanã, ele balançou a rede duas vezes na vitória por 2 a 0. Na volta, no Beira-Rio, foi dele a jogada e a assistência para Gabriel decretar o 1 a 1 na reta final do jogo, num momento em que um gol do time gaúcho levaria a decisão da vaga às semifinais para os pênaltis.
Contra o Grêmio, Bruno Henrique voltou a ser decisivo para o Flamengo. Marcou o gol do time no empate por 1 a 1, na ida, na Arena do Grêmio, em Porto Alegre. Na última quarta-feira, abriu a goleada de 5 a 0 e ainda sofreu o pênalti convertido por Gabriel.
Agora, o rapaz da Vila Tiradentes, que em 2012 imaginava ser a sua maior conquista no futebol a Copa Itatiaia, um dos maiores torneios de futebol amador do Brasil, vestindo a camisa do Inconfidência, um dos grandes da várzea de Belo Horizonte, sonha com a final da Libertadores. E de repetir, no Estádio Nacional, em Santiago, em 23 de novembro, o grito de: “É campeão!” que soltou na Arena do Jacaré há quase oito anos.
Sem dúvida, o Concórdia venceu.