Nuna, um lateral que se transformou em zagueiro

Jornal O Norte
Publicado em 09/01/2007 às 10:55.Atualizado em 15/11/2021 às 07:55.

Heberth Halley


Repórter



O destaque de hoje da Galeria dos atletas é o ex-atleta João Batista da Silva, mais conhecido como Nuna, 48 anos. Segundo ele, o apelido veio de sua irmã, Marilda, quando ainda era menino e ficou até hoje.



 






Nuna foi campeão amador com o Ateneu em 1976 com 17 anos.


Em pé: Ademir, Nego Ro, Paulo Roberto Careca, Nuna, Carlúcio e Buteco.


Agachados: Dionísio massagista, Denarte, Fernando Coelho, Hélton Veloso, Caca e Paulo César









Começou jogando nas categorias de base do Ateneu, em 1968, na categoria dente de leite com o treinador Bilú.





- Naquela época começamos, eu e meu amigo Denarte – diz Nuna.





O jogador conta que passou por todas as categorias do Ateneu até chegar na equipe adulta. Em 1976, ele e Denarte foram chamados para jogar o campeonato amador com apenas 17 anos. Nuna lembra ainda que naquele ano o Ateneu chegou à final contra o maior rival, o Cassimiro, e se sagra campeão amador jogando como lateral direito.





Nuna recorda que o então advogado da antiga fábrica da Tok e conselheiro do Cruzeiro, Benito Masci veio a Montes Claros e resolveu ficar um fim de semana para assistir à final da maior competição da cidade.





- Ao final do jogo o então conselheiro nos chamou, a mim e Denarte para jogar-mos no Cruzeiro. Só que Denarte não quis, pois  tinha passado no concurso do Banco do Brasil. Eu fui e foi aí que começou minha carreira de jogador profissional – conta Nuna.





Na época foi como juvenil, pois não tinha a categoria júnior. O treinador era o durão e já falecido Yustrick.





- Cheguei para ser lateral, mas o treinador Yustrick disse que eu era muito alto para ser lateral e me colocou como zagueiro – lembra.





Em 77, Nuna disputa o campeonato mineiro juvenil e sagra-se campeão como titular do Cruzeiro, jogando ao lado de jogadores como Carlinhos Sabiá.





Em 78, a equipe celeste vai para a Taça São Paulo. O jogador salienta que o Cruzeiro foi eliminado pelo Corinthians sem perder nenhuma partida e sem levar nenhum gol.





- Fomos eliminados com o maior número de gols marcados – recorda.





No ano de 79, Nuna é emprestado para o Valério de Itabira onde é profissionalizado. Lá, disputa o campeonato mineiro e é vice-campeão, uma das melhores colocações da equipe na competição até hoje, sendo dirigido pelo conhecido treinador Hilton Chaves. 





No outro ano tem passe livre e vai para o Matsubara onde disputa o campeonato paranaense, mas não vai bem.





Em 81, transfere-se para o Barretos de São Paulo, onde disputa a segunda divisão e fica lá até no ano de 82. Em 83, vai para o Lemense de São Paulo, também da segunda divisão. No mesmo ano, é transferido para o Internacional de Lages de Santa Catarina, onde disputa a primeira divisão do campeonato Catarinense.





A vida de Nuna como jogador continua, e em 84, vai para o Batatais de São Paulo, onde disputa mais uma vez a segunda divisão. O time vai bem e chega na semifinal.



Em 85 seu destino seria o Sertãozinho também de São Paulo, na segunda divisão. No meio do ano é chamado para jogar no Apucarana na primeira divisão do campeonato paulista.





Em 86 vai para o Comercial de Ribeirão Preto, onde disputa seu último campeonato paulista da primeira divisão. Lá machuca o joelho, faz quatro cirurgias e para de jogar aos 27 anos.





- Depois desse dia nunca mais joguei futebol – conta Nuna.





Nuna volta para Montes Claros. Em 1993, Gislândio Lacerda, hoje presidente do colegiado de árbitros da LMF – Liga montesclarense de futebol, chama Nuna para ser o treinador do Internacional do bairro de Lourdes onde se sagra campeão do campeonato Interclubes.





Atualmente trabalha na Elster e faz parte da comissão organizadora do Troféu Bola Cheia Marcelino Paz do Nascimento.



PERFIL



Partida Inesquecível: A final do campeonato amador de Montes Claros em 1976. O terceiro e decisivo jogo. Ateneu 1 x 0 Cassimiro, gol de Fernando Coelho. Fomos campeões, eu com 17 anos.





Título mais importante: O Amador de 1976 pelo Ateneu.





Gol mais bonito: Ateneu 1 x 0 Jequitaí de Engenheiro Dolabela em 1976 no campeonato amador. Foi um gol de falta.





Amigo no futebol: Carlinhos Sabiá. Até hoje tenho contato com ele.





Melhor treinador: Yustrick





Melhor goleiro de Moc que viu jogar: Budega





Atacante mais difícil de marcar de Moc: Ademir Chopinho





Uma alegria no futebol: Quando fui jogar no Cruzeiro





Uma tristeza no futebol: Parada prematura no futebol, aos 27 anos.





Desde quando começou a jogar monte uma seleção de todos os tempos de Moc: Budega, Hélton Veloso, Nicomedes, Nego Ro, Dequinha, Nilson Espoletão, Bené, Jomar Macedo, Estrelinha, Ely e Elísio. Treinador: Coró Barbosa.  

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