Heberth Halley
Repórter
Após 10 dias no comando da equipe júnior do Funorte, o treinador Edvaldo Bento, logo depois do coletivo de ontem pela manhã no Centro de treinamento, disse que gostou do elenco do time para a disputa do campeonato mineiro, que começa dia 30 de março, mas com a Funorte estreando dia 05 de abril, contra o Villa Nova, em Mantena.
- Gostei do grupo, em cada posição temos várias opções e isso é bom, posso diversificar dependendo do jogo – disse Edvaldo Bento.
No coletivo de ontem começou o treino com a equipe que Paulo César Alencar vinha utilizando com o esquema 4–4–2 com: Fredinho, Fabricinho, Júnior, Anderson e Fernandinho. Diogo, Nenê, Branquinho e Rômulo, Tiago Pit Bull e Marlúcio. Mas depois tirou Branquinho e testou Samuel; em seguida colocou Anderson Júnior.
- A intenção era formar o 4–4–2 mas, com um volante e dois meias pegadores e ainda o armador – explicou.
Como todo treinador, Edvaldão tem seu estilo de trabalhar, na Funorte não é diferente. O técnico afirmou que fará mudanças no esquema da equipe que era utilizado com o do ex-treinador do Funorte, Paulo César Alencar.
- PC estava utilizando o 4 - 4 – 2, mas com dois volantes Diogo e Nenê, e dois meias armadores Branquinho e Rômulo, mas notei que dessa forma o time sente-se vulnerável no setor defensivo, no contra-ataque, por exemplo. Gosto de trabalhar com o 4 – 4 – 2 mas com um volante fixo, uma meia de contensão pela direita e outro pela esquerda, e com isso deixa o armador liberado sem a obrigação de marcar, com a função de armar as jogadas, e conseqüentemente, os alas também tem a liberdade para avançar – explica.
Em todas as equipes que trabalhou Edvaldão deixa claro o estilo que gosta, com um time de muita marcação, principalmente, no meio campo e no setor defensivo. Quer que quando o time adversário estiver com a bola pelo lado direito, por exemplo, a marcação caia todo para aquele lado da jogada, deixando livre o outro setor do campo.
- Os jogadores estão sentindo dificuldade para adaptar, mas com o tempo vão pegar. Teremos tempo para trabalhar o posicionamento para o campeonato – disse.
ATAQUE
Com relação ao ataque destacou que mesmo tendo jogadores com características diferentes, precisam melhorar, sobretudo, o posicionamento.
- Noto que o Marlúcio, Tiago Pit Bull e o Tiago Guma são bons tecnicamente, mas precisam melhorar o posicionamento – argumenta Edvaldão.
O técnico disse que para isso melhorar fará vários trabalhos para acertar o posicionamento e explicou as características de cada um deles.
Disse que o Tiago Pit Bull, é veloz, mas às vezes corre muito sem necessidade. Vai trabalhar muito para que utilize sua principal característica que é a velocidade de uma forma mais objetiva. Com relação ao matador Marlúcio salientou que ele é muito bom, mas que costuma sair muito pelas laterais do campo. Com isso fica sem um homem de referência. Já o Tiago Guma, explicou que pela estatura ele tem que ficar sempre dentro da área. Argumentou que ele não pode sair muito da área, até mesmo para não descaracterizar o estilo de jogo dele que é de disputar a bola com os adversários, fazendo uma espécie de pivô e utilizar o cabeceio.
DEFESA
O treinador do time montes-clarense falou também do setor defensivo. Destacou o zagueiro e capitão da equipe Anderson. Gostou da formação da zaga com Anderson e Gênesis, até mesmo pelo fato de Gênesis ser esquerdo e Anderson direito. Mas por enquanto o titular vem sendo Júnior e tem agradado. O treinador pode contar também com Martinez e Daniel Bocaiúva. Nas laterais, elogiou muito o Fernandinho, Fabricinho, Saulo e Eduardo.
- Nessa posição estamos muito bem servidos. Com essa formação que gosto de atuar, os alas tem liberdade para avançar – disse.
Edvaldo Bento foi ex-goleiro do Ateneu, chegando a disputar o campeonato mineiro e conhece bem à posição. Afirmou que o time precisa de mais um goleiro.
- O Fredinho e o Cássio são bons, creio que darão conta do recado. Mas era importante mais um para o grupo – disse.
Até o momento Edvaldo Bento só trouxe o volante Breno para fazer parte da equipe, mas precisa ver a situação de sua liberação.