Cotado para assumir a vaga deixada pelo compatriota Pastore, que se transferiu do Palermo para o PSG, o argentino Walter Montillo garantiu desconhecer o interesse do clube italiano em seu futebol. O jogador afirmou sentir-se lisonjeado com o interesse de equipes do exterior em sua contratação, mas reafirmou seu compromisso com o Cruzeiro.
- Não sei de nada. Estava treinando e não falei com meu procurador. Sondagens sempre vão ter em um time grande como o Cruzeiro. Não sabia do Palermo ou de outro time. Sou jogador do Cruzeiro, e não penso no que vai acontecer no futuro. Fico contente por um time da Europa estar olhando aqui. Significa que estou fazendo as coisas bem dentro de campo, mas com tranquilidade. Temos um jogo muito importante e temos que focar nisso - afirmou.
Apesar dos clubes brasileiros não mais poderem contratar jogadores do exterior, a janela de transferências para os clubes europeus permanece aberta até o dia 31 de agosto, possibilitando a saída de atletas do futebol nacional em direção ao ‘velho mundo’.
Com o contrato vencendo no final dessa temporada, o volante Fabrício afirmou deixar as tratativas para a renovação em segundo plano e estar completamente focado em ajudar o Cruzeiro a sair da incômoda 11ª colocação na tabela.
- A questão do contrato é o de menos. O que me preocupa é a nossa situação no Campeonato Brasileiro. Não estou no momento de pensar nessa renovação de contrato. Quero ajudar o Cruzeiro a sair dessa situação - declarou.
O jogador minimizou as declarações de seu empresário, Reinaldo Pitta, que já afirmou que Fabrício deveria receber um ‘salário de ídolo’ para ficar no Cruzeiro. O volante mostrou-se consciente de seu valor para a equipe, mas afirmou que ainda precisa fazer muito mais para poder se equiparar a antigos ídolos celestes.
- O Reinaldo (Pitta) tem a opinião dele. Ele sempre me protegeu desse jeito. Agora, estou longe de ser ídolo, longe de jogar o que o Montillo joga. Sei que sou uma peça importante no Cruzeiro, mas tem um caminho muito grande pela frente para eu me tornar um ídolo, como o Sorín e muitos outros que passaram por aqui. Para ser ídolo, tem que se construir uma história muito bonita. Estou aqui há quase quatro anos, mas o caminho ainda está só começando - analisou.
Apesar da lentidão que marca a negociação entre Fabrício e Cruzeiro para a renovação contratual, as duas partes já declararam interesse em firmar o acordo.