Nairlan Clayton Barbosa
Foto: Fredson Souza Força do ataque montes-clarense não foi suficiente para conter o Cruzeiro |
Na estréia no Campeonato Mineiro, o time do Montes Claros foi derrotado pelo Cruzeiro por 3 sets a 1, parciais de 22/25, 21/25, 36/34 e 17/25. A partida foi a segunda do time belohorizontino, já que na semana passada havia vencido o UFJF por 3 x 0, em Juiz de Fora.
Na estréia, o time do técnico Marcelinho Ramos teve dificuldades com o principal fundamento do Cruzeiro: a força do saque. Mesmo com a ausência de craques como William e Evandro (que participavam do desafio de ouro realizado no Paraná e em Brasília-DF, alusivo à despedida do líbero Serginho, da seleção brasileira), o time do técnico Marcelo Mendez teve o forte saque do Cubano Leal (24 pontos) e a boa atuação de Rodriguinho e Simon. Pelo lado do Montes Claros destaque para o jovem Luan, (15 pontos), que conseguiu bons ataques, e também para Jonathas que teve êxito no bom fundamento do saque. Robinho, além de ajudar no bloqueio, fez mais de 7 pontos de saque, mostrando ser uma força neste quesito.
Apesar destes pontos positivos, a recepção do time foi comprometida pelo bom saque do Cruzeiro, fato que foi analisado pelo técnico Marcelinho Ramos em entrevista ao repórter Dênis Delano, da TV Geraes, que transmitiu ao vivo o duelo entre as duas equipes.
- Eu vi como diferencial do primeiro set, principalmente, o saque do Cruzeiro. No primeiro set, o time abriu 6 pontos e nós não conseguimos trabalhar a bola. No momento em que a gente conseguiu bloquear o saque deles, o jogo ficou igual e tiramos a diferença de pontos. Depois, tivemos oportunidade de 3 ou 4 contra-ataques para passar 1 ou 2 pontos na frente e não conseguimos fazer isso. Talvez aí esteja o diferencial – explicou Marcelinho.
O líbero Serginho, do Cruzeiro, não poupou elogios à torcida montes-clarense, inclusive alertando os companheiros que duvidariam que o Ginásio ficasse lotado.
- Esse é um campeonato que não podemos desmerecer. Jogamos com um time à altura e uma torcida muito mais. Eu até havia dito no treino ao companheiro Simon, que o ginásio lotaria. Ele duvidou, mas ao final da partida me confirmou que eu tinha razão. É muito bom atuar aqui com o calor da torcida – enfatizou o libero.
Mesma postura do Ponteiro Leal, responsável por diversos pontos de ataque do Cruzeiro, mas que não poupou elogios à torcida norte-mineira.
- A torcida tem que continuar ao lado do Montes Claros por que é um time que vai crescer muito no campeonato. É muito bom quando a gente vê que o torcedor veio ao Ginásio e a gente está com casa cheia. É bonito de se ver e isso nos empolga também – afirmou o cubano.
E não é para menos. Quase 4 mil torcedores lotaram o “Caldeirão” e proporcionaram um show à parte, principalmente no terceiro set, vencido pelo Montes Claros por 36 a 34, com o torcedor gritando o nome do time e apoiando durante todo o instante final.
Segundo a análise da imprensa montes-clarense, o destaque negativo ficou por conta do levantador Felipe (Cruzeiro), que atuou abaixo da crítica e do meio de rede Thiago Salsa, que enquanto esteve em quadra pouco contribuiu para a melhoria do time e dos companheiros.
O próximo desafio do Montes Claros vai ser contra o UFJF, na sexta feira às 19 horas, também no Ginásio Tancredo Neves.