Dono de três taças nacionais com Cruzeiro e Palmeiras, Marcelo Oliveira chegou ao Atlético como a esperança do clube para vencer o Campeonato Brasileiro, título que o clube não conquista desde 1971. No entanto, o desempenho do treinador nos pontos corridos desde o bicampeonato nacional, em 2014, é de apenas 39,83%. A próxima chance de Marcelo começar a mudar este cenário será nesta quinta-feira, às 19h30, quando o Atlético enfrenta o Internacional, no Beira-Rio.

Desde a conquista do bicampeonato brasileiro em 2014, o treinador dirigiu Cruzeiro e Palmeiras na Série A de 2015 e o Atlético em 2016. Neste período, Marcelo participou de 41 jogos do Brasileirão - foram 13 vitórias, dez empates e 18 derrotas. Dos 123 pontos disputados, o treinador conquistou apenas 49.

Nos títulos nacionais de 2013 e 2014, os times de Marcelo bateram recordes de desempenho. A primeira taça veio com um aproveitamento de 66,6%. A campanha do bicampeonato do Cruzeiro foi ainda melhor: 70,1% dos pontos ganhos, e título com duas rodadas de antecedência. Apenas o Corinthians de 2015 tem números melhores.

Depois disso, o treinador dirigiu o Cruzeiro em quatro partidas do Brasileirão de 2015. Foram três derrotas e um empate no comando celeste (aproveitamento de 8,3%).

Pouco menos de um mês após ser demitido da Raposa, o treinador assumiu o Palmeiras. Depois de um começo arrasador no Brasileiro (seis vitórias nos oito primeiros jogos), Marcelo viu o desempenho cair de forma brusca. Mesmo campeão da Copa do Brasil, ele foi duramente criticado pela campanha irregular na Série A. Em 31 jogos à frente da equipe paulista nos pontos corridos, Marcelo venceu 13, empatou cinco e perdeu outros 13 (aproveitamento de 47,3%).

No Galo, são seis jogos até aqui (nenhuma vitória, quatro empates e duas derrotas). Dos 18 pontos disputados, Marcelo conquistou apenas quatro (aproveitamento de 22,2%). A sequência atual iguala o maior jejum de vitórias do treinador no Campeonato Brasileiro desde que deixou o Cruzeiro. Entre a 32ª e a 37ª rodadas da competição em 2015, o Palmeiras de Marcelo também ficou seis jogos sem vencer. Com quatro derrotas e dois empates no período, a equipe paulista teve aproveitamento ainda menor que o do Galo.