A temporada marcada por série de lesões no Atlético foi analisada nesta terça-feira pelo médico do clube, Otaviano de Oliveira.
Reuniões entre os profissionais do Galo foram realizadas ao longo do ano. Nelas, foram detectados três meses atípicos no número de contusões, com índices bem acima da média registrada no futebol brasileiro, segundo o médico.
Vários fatores foram levantados pela comissão técnica, departamento médico, preparação física e fisiologistas. Os motivos não foram revelados, mas o clube espera tirar lições para que nos próximos anos o problema não se repita.
-Diversas reuniões foram feitas, entre o departamento médico, técnico e fisiologia. Tivemos momentos atípicos em abril, maio e junho. Temos tudo isso monitorado, porque nesse período subiu muito. Depois disso, consideravelmente, nosso número já caiu para o mais esperado. Atualmente estamos no mesmo nível que a média de clubes. Temos cinco no departamento médico. O que aconteceu nesses três meses foi devido a vários fatores, que são discutidos internamente. Estamos estudando para que não ocorram novamente. Carro popular não funde motor, mas carro de F1 explode. São atletas que jogam no limite, são submetidos a muitas competições - disse Otaviano.
O médico atleticano falou ainda sobre a situação dos jogadores que estão em tratamento na Cidade do Galo.
Erazo, cortado da seleção do Equador
- Tive um contato por mensagem com o médico do Equador. Não é um caso cirúgico, mas aguardamos para fazer os exames. Pelo contato que fizemos, é uma lesão na cartilagem do joelho. Estamos conduzindo de forma conservadora.
Dátolo, lesão muscular traumática na região adutora da coxa esquerda
- Foi um lance (contra o Corinthians) em que ele entrou em campo numa dividida. Nem foi falta. Ele caiu sobre a coxa e, para se defender, abriu mais a esquerda do que o habitual e ocorreu lesão traumática. Ele teve lesão por mecanismo de trauma, lesão parecida que o Rafael (Carioca) teve, claro que numa gravidade menor.
Luan, lesão no músculo posterior da coxa esquerda
- A gente discute. Uma coisa é ele estar numa transição. Outra é a intensidade de carga e ritmo. Ele ficou dois meses fora, por conta de uma lesão e só está iniciando os trabalhos com o grupo. A comissão técnica não vai aproveitá-lo. Vai depender de trabalhar com o grupo.
Carlos, Marcos Rocha e Maicosuel
- O Carlos teve fratura no pé esquerdo por estresse. Maicosuel teve lesão no músculo posterior da coxa, a mesma lesão que sofreu em 2014, quando se recuperou e jogou uma semifinal de Copa do Brasil. E o Marcos teve uma lesão no músculo anterior da coxa direita, uma lesão na região do chute. Maicosuel machucou o músculo do arranque.